MATÉRIA | Música para ver!

VJs é a Arte de “mixar” vídeos e imagens para trazer uma experiência de imersão ao público.

A música por si só é capaz de nos transportar por eras, sentimentos, lembranças e fazer sonhar. Já a música aliada a outros estímulos sensoriais como visão, tato, olfato é capaz de nos fazer imergir em uma experiência ainda mais profunda e extraordinária, capaz, muitas vezes, de se tornar inesquecível em nossas memórias.

VD Greg no TV Bar / RJ (foto reprodução – Instagram).

O VJ (abreviação de Video Jockey ou Visual Jockey) tem como função trazer uma experiência diferente a seu público com estímulos visuais que associam vídeos, trechos de filmes, gifs, textos, fotos e imagens mixadas no ritmo da música que está sendo tocada. Prática que tem dado muito certo para o VJ Greg, “eu invento um videoclipe, eu crio um videoclipe com imagens, trechos de filmes. Adoro colocar trechos de filmes e uma música que casa bem e isso foi dando muito certo. Fui tendo um público muito cativo, que começou a me seguir porque eu dava cara pros artistas; até então, as pessoas ouviam a música mas não sabiam quem era”.

Equipe de VJs da MTV Brasil nos anos 90.

No Brasil, a palavra VJ ficou conhecida em meados dos anos 90 através da antiga MTV Brasil, que tratava seus apresentadores de videoclipes pelo termo, tendo sido assim uma das grandes responsáveis pela popularização do termo e, por vezes, fazendo despertar em muitos jovens da época a vontade de se tornar VJs como foi o caso do DJ Juno, “Eu sempre amei videoclipes, acho uma ferramenta incrível dentro da música, pois o artista consegue ilustrar tudo o que ele pensou para aquela música. É uma forma incrível do artista se expressar. E todo mundo que cresceu vendo a MTV sempre quis ser um “VJ”.

VJ Robsom e DJ Juno (foto reprodução – Instagram).

Atualmente, devido a pandemia da Covid-19, o mercado de eventos é um dos que mais tem sofrido com restrições necessárias para minimizar os efeitos da pandemia, e para os VJs isso se torna ainda mais complicado, pois nem todas as casas e eventos que hoje conseguem estar funcionando dentro das novas regras e possuem a estrutura necessária para os VJs poderem desenvolver o seu trabalho como deixa claro Gustavo Klein “o VJ tem essa especificidade da imagem. Precisa de uma tela para projetar e nem todas as casas de festas e eventos dispõe de um lugar para isso ou, às vezes, de permitir essa ligação do mesmo computador emitir a imagem e o som simultaneamente” opinião essa corroborada pelo DJ Di Andrade “Existe um investimento necessário das casas com equipamento adequado para este tipo de atuação e vejo poucas que oferecem isso para que seja possível produzir este tipo de evento.”

Gustavo Klein (foto reprodução – Instagram).
DJ Di Andrade (foto reprodução – Instagram).

Com todos esses acontecimentos, o que tem ficado bem claro para todos que trabalham nesse mercado de eventos é não só a sua fragilidade, mas também a necessidade de inovar e se reinventar e trazer novidades para assim poder trazer de volta ao público a vontade de voltar a frequentar festas e também trazer novos públicos para os eventos como fala o DJ Di Andrade, “Com a retomada do setor se iniciando, novas ideias serão necessárias. Reinventar a forma como o público vivencia os eventos e reconquistar o público não somente pelos ouvidos, mas também pelos olhos pode ser um caminho a ser seguido.”

DJ James Cullen (foto reprodução – Instagram).

Visões ainda mais otimistas sobre o futuro da profissão ficam claras ao se conversar com o DJ James Cullen e o VJ Greg que dizem respectivamente “No futuro, eu prevejo que os VJs e DVJs serão populares, assim como os DJs são hoje. É uma evolução gradativa que acompanha o mercado da música, que também está cada vez mais focado no audiovisual com videoclipes e DVDs no mais alto nível de produção”, “que ainda tem gente que não conhece, é uma coisa que chama muita atenção porque é um entretenimento. Você pode dançar, você pode curtir, você vai se surpreender com as imagens, você vai ver o artista e eu gosto muito de tocar coisas ao vivo, surpreendentes, então é legal”.

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