DJ SWAG

REVELAÇÃO | DJ SWAG: hip hop, funk e Complexo do Alemão em views

É chegada a hora de enaltecer o talento que parte do Complexo do Alemão por meio, principalmente, do funk e do hip hop e alcança a produção artística e musical. Parcerias que se difundem no dia-a-dia e nas redes por meio de muito talento.

DJ Swag do Complexo é um exemplo de pessoa que viu uma oportunidade nascer, juntou todo seu lado artístico, e materializou em arte.

Influenciado pela dança, deu início a sua carreira artística como DJ em meio às oportunidades e inspirado nos mestres que o incentivaram. Hoje é um sucesso, não só por ser produtor, alcançar números altos nas redes, mas, também, por criar um selo de artistas do Complexo do Alemão e fazer o seu primeiro lançamento musical.

“Abrace toda e qualquer oportunidade, se lance sem medo. O caminho não é fácil, mas o final compensa!”

Se apresente para nós.

Fala aí, meu nome é Miguel Rocha, nascido e criado no Complexo do Alemão – Rio de Janeiro, em Ramos. Sou mais conhecido, atualmente, como DJ Swag do Complexo. Tenho 21 anos, sou produtor dos gêneros Funk e Trap, mas também tenho atuação no pop em geral.

Como foi o seu envolvimento com a música?

Minha história de envolvimento com a música teve início quando pequeno, dentro de casa, por meio dos meus tios e da minha mãe. Sempre fomos de escutar hip hop, até porque minha mãe dançava o estilo na época, fazia parte de vários grupos de dança e isso se perpetuou, pois eu me espelhei nisso. Por gostar muito do hip hop, sempre fui agitado e gostava muito de dançar, mas nunca tinha me aprofundado. No final de 2015, quando tive meu primeiro contato efetivo com a dança, deu-se início a minha trajetória artística.

Desde 2015 até hoje, faço parte do grupo de dança daqui da Região do Complexo do Alemão (era um projeto de dança do RioH2K que hoje é conhecido como The Street Flow. Vivi, ali no início, todas as sensações que podemos viver dentro da música por meio da expressão física no corpo. Entendi sobre BPM, tempo, contratempo, compasso, ritmo – todas as contagens da música e senti a magia envolta nesse sentido – flow, flava, bounce, e tudo que sentimos quando se toca qualquer música! Ali, comecei a viver a música, mas não me contentei.

Em 2017, comecei a participar de batalhas e festas de hip-hop. Passei a escutar cada vez mais músicas, conhecer os produtores e, com isso, veio o interesse de começar a produzi-las. Em 2018, eu tentei iniciar minha carreira na música, mas não fluiu tão bem. Mesmo assim, tive meu primeiro contato com a vida de DJ, levando meu notebook para tocar em festas de amigos – usava o Programa Virtual DJ e sabia mexer o básico. No final do mesmo ano, meu mestre de dança, que tinha uma CDJ, me ensinou a usar e me deu a oportunidade de tocar na Roda DAZN no Complexo do Alemão. Foi minha primeira experiência na noite utilizando o equipamento e um com um público já um pouco maior. No ano de 2019, eu permaneci tocando na roda DAZN, até que também me tornei DJ residente da Roda do Pac’stão – no Manguinhos – e fui evoluindo gradativamente tocando em alguns outros eventos.

Em que momento foi virada a chave para a carreira de DJ?

Em Julho de 2019, meu mestre JP, me chamou pra conversar, dizendo que via futuro pra mim nessa carreira e perguntava se eu realmente queria seguir com isso. Após eu concordar com ele, disse que estava tentando entrar em contato com o DJ Bruno X  (Finalista do Melhores do Ano da Colors DJ Magazine), tal qual já era admirador – já curtia as festas que ele tocava de Hip-Hop – para que eu pudesse tentar uma oportunidade na Eletrobase Academia de DJs. Tivemos a reunião com o DJ Saci, ele curtiu a beça meu interesse e a minha história com a música e disse que iria conversar com a DJ Flávia Xexeo para ver se eu teria essa oportunidade. Em seguida, eles me aprovaram, e de Setembro a Dezembro de 2019, eu fiz 2 módulos de DJ, o básico e o mais avançado e, após isso, eles me apadrinharam de fato. Eu consegui, além de 2 padrinhos incríveis como DJs, uma oportunidade de conquistar o coração de duas pessoas incríveis: Bruno X e o meu mestre JP. Com eles, vivi experiências incríveis, tanto em eventos quanto em aprendizados. Foram coisas que mudaram minha vida e que eu carrego até hoje e isso me impulsionou para frente.

E qual é a sua relação com o funk?

Eu nasci no funk, eu cresci no funk. O funk é um ritmo natural dentro de mim, é algo que devidamente me salvou e que sempre escutei, desde as antigas, quando vários bailes eram estourados, até que. No ano de 2011, na frente da minha casa, após obras do governo, surgiu uma rua para instalação de uma das torres do teleférico do alemão. Ali surgiu o BAILE DA CENTRAL, contando com o DJ Pancote, que morava na minha rua, e o DJ Rennan da Penha como atrações principais do baile. Todo sábado rolava e eu me amarrava. Como era na porta de casa, mesmo sem poder sair, eu curtia à beça hahaha… Desde então, o funk se tornou algo natural dentro de mim, e isso me inspirou para que eu me tornasse produtor do gênero.

No final de 2019, eu sabia que precisava de fato produzir, porque eu tinha uma imensa vontade de tocar as minhas próprias músicas e ver as pessoas cantando, assim como eu cantava de outros artistas. Dei início, pedi ajuda ao “meu Irmão de DJ” DJ Zac da Penha, sobre como eu poderia produzir e ser cada vez melhor. Usei o acid pro para produzir as primeiras faixas e sempre mandava para ele, porque ele tinha um pouco mais de experiência que eu. Fui treinando, até que eu fui convidado pelo Dornelles, MC daqui da região de Olaria, para produzir um funk com ele… E foi aí que a magia começou!

Em Janeiro de 2020, fizemos a faixa “Malícia”. Ele me apresentou o Az1nn, e dentro do estúdio de produção, pela primeira vez, eu fui perceber que podia produzir, pois tudo que o Az1nn dizia eu conseguia entender. Construímos a música do zero, com diversas ideias e jogadas e tudo fluiu!

A faixa “Malícia” foi hit dentro dos nossos amigos e eu estava me tornando “conhecido” não só mais por conta das festas. Essa música deu uma credibilidade a mais para mim e para as pessoas que trabalharam nela. Minha maior emoção foi que a Flávia Xexeo a tocou no carnaval do MAM para mais de 2 mil pessoas e geral curtiu à beça, mesmo sem conhecer.

Como está a sua vida hoje?

Atualmente, canto e produzo músicas e artistas incríveis da minha região. O que faço se torna viciante e hit, dentro do público que eu construí. Nessa “saída” de pandemia e retomada dos eventos presenciais, estou de volta aos palcos e focado em fazer o público vibrar e dançar do primeiro ao último segundo dos meus sets. Entrego sempre o melhor de mim em cada transição e escolha de músicas e, literalmente, forneço uma experiência de bomba de serotonina por meio da música. Atualmente, com meus Remixes de Funk e graças ao Tik Tok, estourei bastante na música com um deles atingindo a marca de quase 400 mil views no Youtube – sem clipe – que é “Colegagem”, que também se tornou hino pelos meus amigos. Fiz um jingle para uma grande distribuidora de bebidas da Zona Norte a Raboni, chamada “Pique Raboni”, que hitou também, além de ser uma música de promoção.

Atualmente, junto com o Az1nn e o Prince Gutt, formamos a VINTEUM, um time de produção incrível na ZN no qual, juntos, fundamos o Ainda Label, que é o nosso Selo e Gravadora. Contamos agora com diversos artistas da região do Alemão como Skillo22, Tchalla, Kenai, Pr1ve, Ru4nn Mc, ProdGB, D3KA, Fábio Sina e Taldocruz

Estou me tornando um artista incrível, porque pessoas incríveis acreditaram no meu potencial. Conheci artistas grandes, participei de eventos grandes, pessoas grandes criaram uma consideração absurda por mim e pelo meu trabalho. Meu maior orgulho é ver meus familiares escutando minhas músicas e dizerem que realmente é viciante e é ótimo.

Complementando, como eu sempre tive vontade de ajudar as pessoas e sempre fiz parte de diversos projetos artísticos aqui no Complexo, eu sempre soube que tinham artistas incríveis, principalmente na área da música, pois a maioria deles eu já conhecia e eram amigos meus. Então, entrei juntamente com o Alan, em reunião e processo de preparação para criação de um Selo de artistas aqui no Complexo do Alemão, chamado: Ainda Label. Formulamos o projeto: fechamos parcerias com alguns videomakers e fotógrafos, e nós, que já tínhamos a parte de produção musical, escolhemos os artistas, que no total somam 12, contando comigo.

O Ainda Label tem seus estilos versáteis, mas a maior parte é voltada para o trap. No início do ano de 2022, tivemos a meta de realizar o primeiro processo de lançamentos de clipes e singles de 15 em 15 dias até o final de fevereiro. Somam-se até hoje, são 6 clipes lançados em sequência (6 músicas entre trap, funk e R&B), sendo todos de artistas independentes e daqui do Complexo do Alemão.

Realizamos tudo graças a pessoas incríveis que temos na nossa equipe como os videomakers, Digão, David Amém e Brunno Paschoal, e os fotógrafos absurdos, Gabriele Morelli e JP Black.

Qual é o seu maior sonho?

Qual é o meu maior sonho? É ter a condição de oferecer oportunidade e descobrir talentos e pessoas incríveis que merecem, de verdade, o acolhimento que eu recebi! É poder ter um projeto de fato, dentro da comunidade que dá esperança de viver uma vida de artista para a “menorzada”, assim como eu mesmo me inspirei um dia.

Sei que ainda não estou completo, mas sempre procuro estender a mão pra quem está um pouco maduro para esse trabalho, e fazer um time incrível. Sei que eu vou poder estender a mão para novas estrelas brilharem e mostrarem que o Complexo não é só terror, tiro, perigo e caos… Mas confirmar que daqui saem e existem coisas incríveis!

“Estourei bastante na música com um deles atingindo a marca de quase 400 mil views no Youtube - sem clipe - que é Colegagem.”

Qual foi o maior alcance que já conseguiu com o seu trabalho e qual sua meta no meio artístico?

Nesses últimos tempos, eu tive um dos meus maiores avanços com o meu trabalho, que foi ter estourado no Brasil inteiro o Remix de “Por Supuesto” de Marina Senna, chamado “Colegagem”, junto com o Oly que foi o compositor e intérprete do famoso refrão, “EU JÁ SENTEI PRO SEU MARIDO, SÓ VOCÊ NÃO SABE…”.

O interessante é que produzimos a track inteira em 30 minutos. Eu criei a famosa DC no tik tok, gravamos o vídeo e lançamos na terça-feira dia 16 de Novembro e, na manhã seguinte, já contava com mais de um milhão de views no Tik Tok. O vídeo foi parar no twitter e em horas pegou mais de um milhão de views lá também, fora as páginas e artistas com milhões de acessos cantando a música no instagram. O auge do estouro foi a Pocah na manhã seguinte gravando story cantando, a Pabllo Vittar cantando no México e o BK e Froid, que são minhas referências dentro do Rap, por intermédio da Thamirys Borsan, cantando a música e me mandando mensagem falando sobre o quão incrível estava esse trabalho!

Fale um pouco sobre o single  “Finalmente”, que foi p seu primeiro lançamento musical de 2022.

Nesse ano de 2022, realizei o meu primeiro lançamento musical: “Finalmente”. Nele pude produzir, compor e interpretar. Esse single fala de um caso pessoal e real, sobre o envolvimento que eu tive com uma pessoa e toda a troca de energia, intensidade, cumplicidade e sinceridade. Fala sobre um amor intenso, algo que nunca tinha rolado antes, principalmente a parte de liberdade e cumplicidade, e isso é retratado na forma de entrega e amor vivido nesse tempo, algo raro e que finalmente se tornou real. É sobre aquele amor que a gente imagina viver, que nunca parecia chegar, mas, que quando chega, finalmente se torna real. Fiz essa track para colocar tudo isso para fora e consegui! Escrevi o roteiro do clipe para transparecer sobre a relação de amor e amizade com a mesma pessoa, que faz tornar tudo mais bonito! Após o lançamento, vários casais chegaram a utilizar a música em stories com seus parceiros e eu achei isso muito lindo, pois consegui, não só expressar a minha realidade, mas também, representar outras pessoas. Podem ter certeza que de onde saiu essa, vem muito mais, como por exemplo nos próximos meses que é AK Trovão, junto com o Prince’ Gutt em parceria com a El Fuego Estúdio (marca de roupa).

O Seu lançamento mais recente é “Kamasurta”, conta pra  gente um pouco também sobre o processo de criação do single e a importância dele pra você.

Kama Surta pra mim é um marco histórico ns minha carreira, pois apesar de ter sido lançada agora em 2022, foi uma música já produzida em 2020, aonde teve seu estouro até mesmo antes do lançamento com uma prévia!
Escrita e interpretada por Dornelles, produzida por mim e com a pós produção do Malharo agora no ano de 2022, na época, entre os nossso amigos já era hit, porém em uma apresentação em uma conveniência de bebidas na nossa Região, tivemos um video viral aonde o Dornelles finge desmaio em frente ao palco e eu entrego o microfone na mão dele, em meio a tanta preocupação ele lança o início da Música “Tu na Kama Surta”. Esse vídeo na época se tornou viral no tik tok e atingiu alguns artisras grandes como a Glória Groove e que apesar do tempo de espera pro lançamento, a Lady Leste ainda lembrava da nossa música e soltou o teaser de lançamento no seu storys no dia do lançamento! Foi um marco importante na nossa história como artista independente, e sendo lançada a música com um clipe incrível dirigido pelo Dornelles e Gravado pela GPixels. Kama Surta foi um dos maiores lançamentos contado em 100% de produção tanto áudio quanto visual, que eu participei! Além de ser uma das minhas melhores produções.

Para finalizar, temos esse espaço livre para aquilo que gostaria de escrever, deixar uma mensagem, inspirar… É o espaço DJ Swag do Complexo mandando recado:

Agradeça todos os dias a cada detalhe e não desista dos seus sonhos! Às vezes não é o momento, parece estar tudo escuro, mas se você quiser muito, sabe e sente que nasceu para isso, vai se tornar REAL! Abrace toda e qualquer oportunidade, se lance sem medo. O caminho não é fácil, mas o final compensa!

Foto de Capa: @jpblacksoul – João Paulo.

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Foto de Capa: @jpblacksoul – João Paulo

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