O disco icônico, de 1976, possui clássicos como “Velha Roupa Colorida”, “Fascinação”, “Gracias a La Vida”, “Tatuagem” e “Como Nossos Pais”, que ganha um lyric video no dia do lançamento, 17/03
O aniversário de Elis Regina, dia 17 de março, chega com um sopro de vida especial à sua obra. A Universal Music lançou no mesmo dia uma versão Deluxe do álbum “Falso Brilhante”, de 1976, contendo um CD com mixagem e masterização atualizadas para os padrões mais modernos de áudio disponíveis, além de um pôster da capa do disco para colecionadores. O álbum no digital ainda recebe, além da versão com nova mixagem, uma versão em Áudio Espacial, produzida dentro dos estúdios Dolby, empresa precursora do novo padrão sonoro imersivo que vem ganhando o Brasil e o mundo.
A celebração em torno de Elis e do icônico disco ainda inclui um clipe em formato de lyric video para a clássica música “Como Nossos Pais”, produzido pela Janeiro Filmes, que é apresentado juntamente com a nova versão do álbum .
“Visitando os master originais, conseguimos adequar os áudios aos padrões contemporâneos. Cada plataforma digital hoje tem suas próprias diretrizes técnicas e neste trabalho pudemos ajustar o áudio do disco para cada uma, inclusive a nova Spotify Loud”, explica João Marcello Bôscoli, produtor musical do lançamento e filho da cantora, referindo-se à nova opção de áudio “que toca mais alto”.
A cuidadosa mixagem em Dolby Atmos de todo o disco conduz o ouvinte a uma sensação imersiva, intangível, sensorial e completa. Canções clássicas ou disruptivas para a época saltam na nova audição, como “Velha Roupa Colorida” (Belchior), “Fascinação (Fascination)” (Fermo Dante Marchetti / Vrs. Armando Louzada), “Quero” (Tomas Roth), “Gracias a La Vida” (Violeta Parra), “O Cavaleiro e os Moinhos” (João Bosco / Aldir Blanc) e “Tatuagem” (Chico Buarque / Ruy Guerra).
O álbum original, sob direção musical de Cesar Camargo Mariano, foi inspirado no show de mesmo nome que Elis apresentou, entre 1975 e 1977, no Teatro Bandeirantes, em São Paulo. “Como a essência da gravação foi concebida num teatro, partimos deste ponto para escolher os parâmetros sonoros da remixagem. O público vai sentir como se estivesse sentado num lugar privilegiado da plateia”, conta João Marcello Bôscoli, que trabalhou ao lado do engenheiro de som Ricardo Câmera, com consultoria técnica em áudio imersivo de Daniel Sasso e Toco Cerqueira e apoio de Giovanni Asselta, da Dolby Latam. O produtor buscou trazer novas flexões e reflexões para o repertório, um dos mais marcantes da música brasileira. “Com o Atmos, pudemos ampliar o estéreo, imergir, trazer um frescor sem tirar a atenção do principal”, pontua.
Mas como tornar fluido e verídico um som que foi concebido originalmente como um espetáculo de música ao vivo, remixado para estéreo e agora podendo chegar a 12 caixas de sons diferentes simultaneamente? Para responder a esta pergunta, a equipe partiu do critério da coesão. “Foi superimportante manter as proporções sonoras intactas, equalizando com cuidado os volumes da voz e dos instrumentos da matriz, sem pirotecnias. E ainda aproveitamos para restaurar alguns artefatos que não pertenciam à gravação original, como pequenas distorções e chiados”, conta ele, que mexeu pela primeira vez neste áudio quando o remixou para 5.1 no CD+DVD Áudio “Falso Brilhante”, lançado pela Trama em 2006, e agora volta a fazer uma nova mixagem 2022 e, ainda, uma em Áudio Espacial.
Então, chegou a hora de colocar os fones de ouvido ou ativar o sorround! Tome seu lugar na plateia e desfrute “Falso Brilhante” em áudio espacial. É uma experiência sonora e contemplativa inesquecível! O futuro abraçando o passado, como Belchior prenunciava na canção do disco: “Uma nova mudança em breve vai acontecer…”.
Foto de capa: Theodoro, Jefferson.
Ouça, repita, salve em sua playlist e compartilhe com os amigos. Todos merecem esse brilho no som!