DJs costumam usar softwares de edição de áudio para fazer pequenos ajustes, deixar a música mais ao seu jeito, copiando ou cortando alguns trechos, inserindo elementos…
Isso é ótimo, ajuda a diferenciar o SET. Vai construindo sua identidade musical.
Durante a pandemia, com mais tempo livre, alguns profissionais que não manjavam muito do assunto, se dedicaram a fazer cursos de produção musical.
Então seguem aqui nove dicas para quem está iniciando nesse maravilhoso mundo:
1) Tenha autocrítica. Só se intitule produtor se realmente o for. Fazer mashups e edits, por melhor que sejam, passa longe de produzir um remix do zero: criar loops de bateria, linhas de baixo, melodia, harmonia, demais elementos, encaixar acapella, mixar e masterizar, entre outras etapas.
2) É tão básico que nem deveria estar aqui, mas ao utilizar elementos de outras músicas, o autor deverá ser citado (no título e no créditos). Não dar o devido crédito é plágio. Nunca faça isso, ainda que seja de uma música antiga ou desconhecida: sempre haverá um ouvido treinado de alguém que vai identificar na hora o plágio. Melhor dar o crédito do que passar vergonha, não é mesmo?
3) Controle a ansiedade para lançar algo novo. Às vezes, por estarmos imersos no projeto, não conseguimos perceber certos detalhes que só o distanciamento permite.
Vai muito do método de trabalho de cada um, mas por exemplo se você ficar 2 dias longe do DAW (Software de Produção Musical), quando for sentar e ouvir seu trabalho de novo, terá outra percepção e provavelmente encontrará vários erros que não tinha se atentado.
Mostre antes, com calma, a amigos que entendem do assunto, que possam dar um feedback sincero, construtivo. É aquele ditado: feijão no dente e mashup fora do tom, só amigo de verdade avisa.
4) Fazer mashup não é somente encaixar o hit do momento na sua base favorita. Músicas não são peças de Lego. Um mashup bem feito é quase uma obra do acaso. Não force a barra para encaixar, sob pena de ficar uma sofrência.
5) Se for vender uma música/remix/mashup, NUNCA libere para download. Mesmo que vaze. Quem comprou a faixa se sente péssimo. Ou então só libere anos depois. É mais sensato.
6) Não ceda à tentação de comprimir excessivamente a faixa para tocar mais alto em fones de ouvido e caixas de som Bluetooth, perdendo qualidade. Certifique-se também de usar limitadores de volume. Só produtores mais experientes podem abrir mão do limitador no canal Master.
Mais vale deixar sua faixa sem distorção (o ouvinte que lute para aumentar o volume) do que deixá-la “clipando”.
7) Não exagere demais nas palmas (claps), corre o risco de ficar parecendo o Xou da Xuxa. Caso for usar apitos, buzinas e gritos, use com moderação.
8) Excesso de elementos de percussão atrapalham a execução de sua faixa pelos outros DJs, tornando as passagens mais difíceis. E mesmo que sejam executadas corretamente, ficam confusas. Menos é mais, serve pra tudo em produção. Menos é mais!
9) Foco é fundamental. Melhor terminar um projeto, (mesmo que não fique perfeito e você não divulgue) que pelo menos serviu para o seu aprendizado e crescimento, do que ter vinte projetos em andamento e nunca terminar nenhum.