Nada mais contrastante do que comparar o que foi vivido antes e depois do marco chamado pandemia.
O DJ que tocava, até então, para pistas cheias, nesse ano fez lives imaginando uma pista e o público estava sendo virtual. O contato entre as pessoas que sempre foi algo comum se tornou de difícil acesso. Foram criados eventos em estacionamentos, as festas em aplicativos, a reabertura dos bares com restrições e até as clandestinas! O modo de “festar” mudou!
Só depois da tal esperada vacina que vamos poder ter festões e festivais. Bate as saudades de poder tocar em um trio elétrico numa parada LGBTQIA+, num palco, em uma pool, num club e ver aquele mar de gente…
Os lançamentos, que vinham a milhão, e todo dia a gente podia ouvir coisas novas e de vários estilos, agora deram uma brecada. Os investimentos também foram reduzidos.
E as novas produções para a cena eletrônica, será que devem ser lançadas mesmo sem pistas para serem testadas?
Com certeza, SIM para um remix de um hit pop estourado nos charts! Já está com meio caminho andado! Mas lançar uma track original que não vai ser trabalhada em pistas e nem nas redes é muito arriscado nesse momento! A não ser que venha com investimento, um clipe muito bem produzido e divulgado para que, quando as festas voltarem, a música já esteja na cabeça do público!
Hoje fiz um comparativo da vida do DJ, de eventos, do mercado fonográfico, tudo antes e depois da pandemia. E, independente dos altos e baixos, essa é a vantagem do ser humano! Nós somos inteligentes, mutantes e sabemos nos reinventar! O grande susto veio nesse ano para nos mostrar que muito precisava ser mudado. Nos readaptamos e estamos conseguindo mostrar que podemos conquistar nosso espaço de uma forma diferente!