ÍCONE | Conheça os primeiros brasileiros que foram #1 da Billboard Hot Dance Club

Vem ouvir! Altar lança tribal novo, 'Cha Cha Cha' - Guia Gay BH
Foto de divulgação.

Se tinha um nome que merecia estar como ÍCONE na estreia da Colors DJ representando a nossa seção House Music, esse nome é ALTAR.

O próprio nome deste duo de sucesso, que conta com os maranhenses Marcos Aurélio Carvalho e Valdécio Marques Cruz, os DJs e produtores musicais Macau e VMC, já nos diz muita coisa. ALTAR combina muito com Ícone, pois não é pra qualquer um ter um título de #1 em uma das paradas musicais mais importantes do mundo, a americana Billboard.

Homem na frente de um palco segurando um microfone

Descrição gerada automaticamente
VMC na imagem enviada pelo amigo Macau.

Mas vocês acham que foi fácil ou pura sorte? Seria impossível!

Primeiramente, fácil jamais seria para qualquer artista. Até 2007 nenhum artista brasileiro tinha alcançado essa marca, “foi muito especial pra gente, pois alguns DJs brasileiros já tinham alcançado o number one, mas em projetos que foram contratados por algum artista, …, no nosso caso foi nosso single mesmo…”, nos contou Macau sobre o hit Party People.

Mas como estamos mostrando o lado difícil disso tudo, eles levaram 9 meses para finalizar todo o trabalho, pois a escolha de convidar a grande diva Jeanie Tracy não foi por acaso. Naquela época, a realidade era outra, pois foi usando a lendárias Internet discada (Quem não lembra desse rolê?) que eles se comunicavam desde o início, pois, ao decidirem que a música deveria ser com a Jeanie, eles enviaram parte da música para ela com o convite de fazer este trabalho mesmo à distância.

Além disso, tinham as dificuldades que o MP3 trouxe para toda indústria da música, principalmente para as gravadoras, que estavam sendo afetadas pela distribuição fácil de músicas pela Internet. Entretanto, apesar de todas as dificuldades que passaram, a música foi um sucesso!

Homem na frente de um palco segurando um microfone

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Macau tocando em algum evento – Imagem enviada pelo próprio.

Pura sorte vocês já perceberam que não foi também!

Foi graças ao planejamento estratégico de escolher a voz certa e de principalmente serem ousados com o convite da cantora norte-americana )que já trabalhou com nomes como Mariah Carey, Michael Jackson, Celine Dion e Aretha Franklin, além de ter entrando nas parada da Billboard tanto sozinha, quanto com o renomado duo Rosabel, dos DJs Ralphi Rosario e Abel Aguilera) , que alcançaram o #1 três vezes juntos, “nós acreditávamos muito nessa música e por enviamos um e-mail para Jeanie e ela topou levar este projeto a distância”, finalizou Macau, que também contou que a gravadora americana escolhida pela Jeanie foi a Tommy Boy Records, uma das principais gravadoras dos EUA, que já teve trabalhos com Queen Latifah e com a também icônica RuPaul.

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Macau, Jeanie Tracy e VMC – enviada pelo próprio Macau.

E Party People estreou na parada Hot Dance Club Play #50. “Na época estreou nas últimas colocações e foi ganhando novas posições, e quando chegou no #10 já estávamos extremamente felizes, até que então alcançamos o #1”, disse Macau.

Além de toda essa linda história, a dupla Altar emplacou outros hits no #50 da Billboard: Turn It Out (#7), Everybody UP (#7), Andale (#20) que foram com a própria Jeanie Tracy, além de Sound OF Your Voice (#22) e Can U Hear Me (#14) com a cantora, também brasileira, Amannda. Verdadeiros Ícones!

Foi uma trajetória incrível e que em algum momento chegou ao “fim” por conta de projetos novos e divergentes. A amizade continua e sabemos que estão preparando um projeto novo de resgate a todos esses hits que fizeram e ainda fazem muito sucesso nas baladas do Brasil e do mundo afora.

Fica o questionamento de por que a mídia especializada ignorou este feito na época!?

“Um ano depois um programa de TV mostrou a parceria de Vanessa da Mata com o cantor Ben Harper dizendo ser a primeira parceria de sucesso feita à distância, o que me deixou bem chateado na época”, nos confessou Macau, o que realmente dá pra entender. Party People foi uma música que na época ainda era taxada como música pra comunidade “Gay” (LGBTQIA+), mas que hoje não foge muito do que ainda estamos vivendo.

Geralmente não é fácil (quase nunca é) e não foi diferente para esses dois DJs maranhenses, mas que com ousadia fizeram um belo trabalho à distância, com a internet discada e em parceria com uma cantora que trabalhou com grandes nomes da música mundial. Por isso e por muito mais que mereceram tanto essa matéria de ÍCONES para ficar registrado que este feito é da dupla ALTAR.

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