PROFISSÃO | Marketing e o agenciamento para DJs

Descrição da foto de capa: DJ Gui Serrano, se apresentando no Pestana Rio Atlantica, foto reprodução / Instagram.

Invista em você!

Para você que é um artista e está buscando seu espaço, iniciando sua jornada, começando a investir em divulgação ou mesmo para quem já é veterano, é necessário estar em uma constante busca de novas ideias, pois enfrentamos diversos obstáculos para alcançar a carreira dos sonhos. Desafios como a cultura de networking (interagir com pessoas relevantes, produtores de festas, managers, agências etc.), falta de engajamento nas redes sociais, entre outros.

O mercado da música eletrônica, além de muito competitivo, cresce brutalmente e precisamos buscar estratégias para nos destacar. Para o DJ carioca Gui Serrano, que vem com uma carreira crescente na cena do pop, “de fato a minha vida profissional ganhou visibilidade após eu vencer o concurso de DJs da festa Chá da Alice e me tornar residente”.

DJ Gui Serrano, se apresentando na festa Walpapper na The Week do Rio de Janeiro, foto obtida através do instagram do artista.

A grande dificuldade para os novos artistas, após os custos com profissionalização, é o investimento em marketing para a construção de sua identidade artística, alguns se deparam com a falta de recursos financeiros e com isso, os profissionais buscam alternativas para reverberar o seu trabalho, como residências em festas e casas noturnas e até mesmo o agenciamento profissional para ajudar no seu crescimento.

Mas quando é hora de procurar uma agência ou um booker? Normalmente, os DJs são convidados, pois o setor aposta em artistas com potencial de crescimento e, para isso, é preciso já ter uma carreira ou algo para gerir, estar em evidência, ter datas significativas para que haja esse interesse mútuo. E como tudo é business, todo o lucro de seu agenciador é baseado em comissões de acordo com as vendas de suas gigs.

Fazer parte de um casting de DJs não significa a solução de todos os seus problemas, pois alguns artistas que ainda não têm um nome consolidado na “cena”, acabam não tendo grandes oportunidades. Por isso, é interessante fazer um gerenciamento próprio de marketing, em paralelo com o da agência, para que consiga um maior destaque dentro do casting.

Para o CEO e fundador da Minds Agency, Felipe Constantino, que vem se destacando com grandes nomes em seu casting, “é fundamental que haja um alinhamento entre a agência e o artista na utilização de ferramentas para a autopromoção, todo o conteúdo sugerido pelos meus artistas passam por uma análise, onde contribuo no direcionamento captando a mensagem a ser transmitida”. O paulista ressalta, também, que estratégia sem planejamento adequado pode tanto contribuir como prejudicar a imagem do DJ. O empresário está sempre de olho em novos talentos e acha importante ter uma visão do mercado como um todo e estar preparado para possíveis mudanças estratégicas. Ou seja, é fundamental que o contratado tenha um bom relacionamento com seu booker para que ele consiga identificar sua personalidade e habilidades, direcionando-o e explorando seu potencial como um todo.

Felipe Constantino, CEO e fundador da Minds Agency (foto pessoal).

Às vezes, o que parece um problema pode ser uma vantagem. Há quem opte por cuidar de sua própria carreira, sem fazer parte de uma agência, o que também é válido. Uma solução interessante é ser o seu próprio manager, buscar gigs e parcerias por conta própria, fazer entrevistas em sites, gravar vídeos, criar músicas, manter seu material sempre atualizado e fazer uma autopromoção eficiente.

E claro, o mais importante: uma vez que tenha decidido se dedicar profissionalmente à música, tenha foco e determinação para não desistir no meio do caminho, pois só talento não é suficiente. Seja resiliente e leve isso como um mantra, não é da noite para o dia que as coisas mudam na nossa vida. Invista em você, seja criativo e persistente que as peças se encaixarão no momento certo.

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