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OPINIÃO | A diplomacia da dança de uma música que não é mais uníssona!!

A quem diga que é impossível progredir sem mudanças e aqueles que não mudam não podem mudar nada!!

É, parece que algumas casas e festas da cena LGBTQIA+, que até então abrigava um som praticamente intocável, tem entendido bem essa máxima!!

As oportunidades para os DJs, que até então, tinham um tipo de som que era visto como “inapropriado” para o público da casa X ou Y tem ocorrido com muito mais frequência. Mas e o público fiel??  Pois é, o que ninguém imaginava mesmo é que este mesmo público não tem controle remoto e que o tal do gosto pela batida perfeita não permanece pra sempre inalterado.

Dito isso, fica cada vez mais evidente que vários e renomados produtores têm entendido que o mundo não para pra agradar só um ou outro.

Ele precisa agradar a maioria!!

Sendo assim, eles, os produtores,  também entenderam que precisam se adaptar, como um camaleão no túnel do tempo para sobreviver num cenário cada vez mais competitivo.

Todo esse processo não é uma escolha, ele é gerado pela necessidade de se manter vivo, repito!!

Hoje é muito bom assistirmos essa quebra de paradigma. É muito bom olharmos para algumas boates que se deram conta de que não estão mais no centro do universo perfeito, e que hoje sinaliza um alto grau de maturidade e austereza.

Como um exemplo mais recente, podemos citar o convite da DJ Má Rodrigues, conhecida pelo seu som tribal mais “pesado”, porém cheio de personalidade, para tocar na boate The Home, que hoje funciona no espaço que por anos resguardou a afamada The Week, referência em todo Brasil e exterior.

O convite para a Má Rodrigues para tocar na The Home, até então, era algo inimaginável, pois como dissemos, existia uma barreira sonora invisível, mas real!

E sua ida foi como uma espécie de prova cabal de que os tempos mudaram.

Foi uma espécie de evidência de como a nossa música passou a ser consumida.

É como dizemos no clássico ditado popular: ela “Matou a cobra e mostrou o pau!!” Provou que funciona. Ou melhor, funcionou tanto que a casa superlotou, enchendo bem mais que a média das últimas semanas.

Em suma, hoje o movimento precisa ser esse, e que bom que está sendo.

Novas oportunidades, mais pluralidade musical e multiplicidade de estilos pra uma galera que tem em sua bandeira as cores da diversidade!!

Marthan

Marthan

Carioca, 33 anos, Produtor de eventos e Deejay

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