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A força da Dance Music de Israel (English)
Um dos DJs internacionais mais amados no Brasil, residente do selo Forever Tel Aviv, um dos maiores selos de festas gay do mundo, Mor Avrahami, é DJ e produtor musical há 17 anos, colecionando inúmeros hits e uma musicalidade inconfundível.
Já se apresentou em grandes festivais no Brasil, como a Festa da Lili, bate um papo contando um pouco da sua trajetória.
Vamos começar com algumas perguntas básicas. Como você começou a tocar?
Tudo começou quando eu tinha 15 anos. Era muito ligado a house music. Eu costumava sair em clubes e ver DJs famosos tocando seus sons para 800, 1500, 2000 pessoas e isso me deu motivação para me tornar um DJ. Eu queria fazer isso também.
Como você começou a produzir?
Com o tempo. Aos poucos percebi que também queria tocar meus próprios materiais, então comecei a criar e produzir house music. Após 2 anos, tive a oportunidade de tocar como DJ residente no Forum Club, em Israel. Lá eu tocava minha música todo fim de semana.
Qual foi a primeira coisa que você comprou para si mesmo quando começou a ganhar dinheiro como DJ?
A primeira coisa que comprei para mim foi meu equipamento de DJ: Pioneer Mixer -2 CHN e 2 CDJs do Pioneer 100. Toquei com ele em todos os lugares que pude. Eu comecei sozinho.
Se você tivesse que recomendar uma música para alguém que deseja entrar no mundo da dance music, qual você indicaria?
A música que eu recomendo é Eric Prydz – Everyday. Essa música te deixa no clima e te dá vontade de voar.
Agora vamos falar sobre você como produtor musical. O que você está usando no estúdio? Quais são seus plug-ins e hardwares favoritos?
No meu estúdio, estou usando muitas ferramentas e instrumentos para obter meu próprio e único som, como um sintetizador externo da Novation – Peak. Eu realmente recomendo esse. Ele consegue um som muito quente e profundo para linhas de baixo e com leads muito bons. Além disso, estou usando Diva, Serum, Dune3 e Sylenth . Gosto muito desses quatro, cada vez eu fico surpreso como eles são bons! Meu software DAW é o Cubase.
Como você se mantém motivado e inspirado para criar músicas novas e cheias de energia?
Sou uma pessoa muito positiva, alegre e cheia de energia. Vivo e respiro música todos os dias. Sempre gosto que meus colegas de trabalho me dêem alguns conselhos, ouçam opiniões e recebam críticas construtivas.
Como você encontra inspirações para sua música?
Sempre adoro ouvir música de outros artistas e me inspirar. Seja no som ou na produção. Às vezes, dar uma boa caminhada com bom tempo e pensar no que posso fazer para as minhas próximas faixas.
Você e Yinon Yahel trabalham bastante juntos. O que ele faz no estúdio que você realmente admira?
Yinon é um grande irmão para mim. Eu o admiro há muitos anos. O som dele é incrível, ele está sempre cheio de inspiração para aprender e eu sempre aprendo com ele.
Qual foi o momento de maior orgulho da sua carreira?
Quando me apresentei no Charles Clore Park, em Tel Aviv, para 30.000 pessoas como parte das festas do Eurovision Village. Meus pais estavam na platéia assistindo ao meu show. Não há palavras para descrever a emoção e a “euforia” em que eu estava. Simplesmente incrível.
O Lockdown durante a pandemia aumentou sua criatividade ou você usou esse período para buscar outros projetos?
O lockdown ampliou minhas criações, são tantos materiais novos que estou esperando para poder retornar aos palcos com minhas novidades. Eu abraço o período e aprecio cada momento. Optei por olhar para este período como um lugar bom e não um lugar de tristeza. Eu sou uma pessoa positiva e optei por aceitar da melhor forma. Durante o ano passado, também desenvolvi outro projeto meu chamado MOLLA, projeto de Melodic House & Techno. Então não há nada melhor do que isso, eu tenho 2 projetos meus nos quais eu coloquei tudo de mim.
O que podemos esperar de você nos próximos meses?
Esperem muitos materiais novos, com muita vibe e beats e também um novo projeto meu, que espero que gostem. Sinto saudades de todos e sempre me sinto em casa no Brasil. Aguardem o momento certo e estarei dando o play para todos vocês.
Você tem muitos fãs aqui no Brasil. Que momentos te marcaram com o público brasileiro?
Um momento que me lembro é de dois anos atrás, quando me apresentei no Rio de Janeiro e um fã veio de um estado de muito longe no Brasil apenas para me encontrar nos bastidores do festival. Ele fez uma camisa com uma foto minha e me levou alguns outros presentes. Isso me empolgou bastante. Então, novamente, obrigado.
A cena brasileira é bem diferente, musicalmente falando. Quando você toca aqui, você faz alguma alteração ou adaptação no seu set?
Claro, em todo show do Brasil venho preparado. Sei que no Brasil as pessoas gostam muito de batidas e muito ritmo, menos breaks e mais vibe. Por isso, sempre me certifico de incluir isso em meu set, junto com meus materiais.
Sua faixa “Pyur” foi um grande sucesso no Brasil e, por ser totalmente instrumental, foi usada em uma infinidade de mashups. Qual é a sua opinião sobre isso?
Pyur é meu hino, sempre digo isso. Essa faixa me trouxe muita exposição e até hoje vejo muitos DJs ainda fazendo mashup. É muito empolgante para mim, especialmente que é uma faixa instrumental sem vocais que é muito difícil de fazer, e se tornar um sucesso. Quanto aos mashups, fico feliz com isso, permite que cada DJ escolha qual música ele gosta de colocar junto com minha faixa. Já ouvi mais de 100 versões de Pyur.