COLUNA | Mais amor em tempos do novo normal

Sabe quando algo martela em sua mente diariamente e mesmo você usando todas as técnicas de meditação, reprogramação neurolinguística, discutindo com o terapeuta, ainda assim, não sai da mente?

Sou dos que defendem o amor, sempre, e, talvez por isso, tenho estado tão esgotado mentalmente. Vocês também se perguntam por onde anda o amor?

Em nosso período de isolamento e agora, flexibilização social, usei como termômetro para ver até onde algumas pessoas do meu convívio seriam capazes de ir, ou melhor, até qual ponto elas aguentariam o manual do novo normal, sem perder a essência e o interesse pelo outro.

Sempre foi natural vivermos em bolhas sociais, com amigos de acordo com afinidades, conceitos e ideais, então, pensara eu que fosse mais fácil permanecer com os laços de amizades quando uma série de novos formatos apareceram para nos testar, como quem já furava a quarentena desde o momento mais crítico, ao que se isolou por completo, passando por aqueles que o pavor é tão grande, que demoraram a acostumar com as regras e se esqueceram do contato social; mesmo que fosse por telefone, vídeo chamada ou qualquer outra forma de dizer que se está vivo ao outro.

Penso: será que o amor entre os nossos só serviam enquanto se havia contato físico a moda pré pandêmica? Será que a nossa memória afetiva é tão cruel que nos faz esquecer dos amigos e seguir somente na glamourização fake das redes sociais?

Vi em alguma arte, dessas que circulam pela internet, que a segregação agora era certa, que não estávamos no mesmo barco, como deveria ser natural acontecer. E tenho que concordar que, infelizmente, não mesmo. O amor não resistiu ao vírus e determinou claramente as formas que cada um – ou cada bolha – tem passado os últimos 8 meses: uns nos seus iates, outros nas lanchas, alguns em barcos e outros nos botes. É um salve-se quem puder sem um pingo de amor. Parece que o amor terminou quando a obrigação era em sorrir pelos olhos e não pela boca coberta pela máscara.

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