Sinceramente, você se imaginou alguma vez em seus mais íntimos sonhos ficar isolados dos amigos, parte da família, colegas de trabalho e do fervo habitual semanal das festas durante tantos meses?
Eu já fiz quase todas as suposições possíveis e vos digo: é algo que até agora não consigo processar completamente. Fiz quase de tudo para driblar a rotina no começo da pandemia, no nosso “quase” lockdown. Assisti a lives diárias de todos os temas possíveis, fui afastado de alguns trabalhos por conta do medo das pessoas em não conseguir arcar com meu salário, aumentei a dose dos ansiolíticos para não surtar, aprendi a meditar, tripliquei o número de terapeutas (sim, de um que me acompanha há 10 anos, incorporei mais dois na rotina), abri mão da dieta e saltei quase uma dezena de quilos, mesmo usando os acessórios de treinamento aqui de casa na base do funcional.
E cá estou: um sobrevivente, assim como você que agora lê, talvez se identificando com esse colunista. Aprendi que as faltas são substituídas facilmente por outros hábitos, mas que a liberdade de ser, de ir e de vir, ah, isso não tem preço!
Que nossos cientistas nos deem logo uma boa notícia para que possamos aposentar os equipamentos de segurança obrigatórios e voltemos ao normal. Enquanto isso, abusemos do conforto de nossos lares, casas no campo e todos os lugares que você se sinta seguro.
Afinal, a vida é bela demais para irmos embora sem curtir o que nos falta.
Até a próxima edição da Colors DJ!