Qual DJ nunca passou por uma situação engraçada enquanto tocava, momentos perigosos ou até desesperadores e, na maioria das vezes, o público nem reparou? Se eles não perceberem é até melhor, porque mostra que conseguimos camuflar os bafos que estavam acontecendo durante a apresentação. Nem sempre passa batido e se alguém catar os deslizes, sorrimos, fazemos a egípcia e nós que lutemos pra colocar uma track griteiro na sequência! Convidei alguns amigos da cena pra contar algumas histórias engraçadas! Sejam bem vindos aos nossos MICOS!!!
Mico Eletrizante
A DJ e jornalista Adriana Pax (Recife – PE), residente do Club Metrópole e apresentadora do programa Oxente Afrodite, na rádio Frei Caneca FM (Recife), estava tocando em uma pool party no Veneza Water Park (Recife). Neste dia, tinha chovido, todos estavam de sunga, biquíni e com look de piscina. A DJ estava molhada, quando ela encostava nos equipamentos para mixar, ela levava choques e pulava. O público estava achando que era uma nova performance de Adriana e adorando! No final do set, ela disse que deu muita risada, mas foi uma hora de muita tensão, literalmente!
Mico nas alturas
Este é um clássico dos micos! O DJ e produtor musical Filipe Guerra (Recife – PE), residente da The Week, estava tocando em uma festa de 15 anos (porque DJ que é DJ toca em todo tipo de evento!) e resolveu arrumar o cabo RCA atrás do mixer. Não percebendo que não havia piso e, sim, somente bexigas, caiu segurando o cabo e desligou o som da festa!!! Um caso parecido aconteceu também com o DJ e produtor Junyo (Belo Horizonte – MG), residente do selo Joy. Ele estava tocando e deu um passo para trás sem perceber que não havia chão. Caiu e o DJ sumiu… E nem foi uma queda nas bexigas, foi direto pro cimento! Ai que dor.
Mico na boquinha da garrafa
Imagine-se na semana da Parada LGBTQIA+ de São Paulo, a cidade fervendo e os clubs todos lotados! Saudade de uma semana assim!!!! O DJ, radialista, produtor de eventos e sócio do Festival Agrada Gregos, Armando Saullo (São Paulo – SP), estava por tudo fazendo um long set de 3 horas quando recebeu a notícia de que o próximo DJ havia cancelado! Ele teve que tocar a noite toda e a casa estava um caos. O celular dele não estava com sinal e ele não conseguiria chegar até o banheiro e voltar no tempo de uma música (5 minutos). Ele disse: “cheguei ao limite de ter que pegar uma garrafa de água vazia e fazer um xixi ali na cabine mesmo dançando, beeem discretamente. NINGUÉM percebeu.” Geeeente, eu adorei a parte de ter que fazer e ao mesmo tempo dançar!!! E se a garrafa de 500ml não fosse o suficiente para o tanto de xixi? (risos) Segue o baile…
Mico tricotando
O DJ e produtor musical Rafael Rosa (São Paulo – SP) estava fazendo um back 2 back com a DJ Fran Albuquerque (São Paulo – SP) no Ibiza Club (Jundiaí – SP). Os dois já tinham tocado em várias festas naquele final de semana e estavam bem cansados. Entre uma música e outra, começaram a conversar. Quando perceberam, faltavam 30 segundos pra track acabar. Acharam uma voando e enquanto o Rafael mixava, ele e a Fran gritavam pra animar a pista e ninguém perceber nada. Este foi muito “se vira nos trinta” e arrasaram!!
Mico Rasteira
O DJ e produtor de eventos Rodrigo Scher (São Paulo – SP) estava muito animado quando finalizou o set dele na Festa Deeper (SP). Ele resolveu pular com a DJ Má Rodrigues e, neste momento tão empolgante, derrubou a DJ, justo na intro e na 1ª música! Que animação, hein, Scher!!!
Mico Caliente
Eu nunca me esqueço da vez que estava tocando em São José do Rio Pardo (SP) em 2008 e resolvi acender um cigarro. Sim, naquela época ainda podia fumar dentro das baladas. O meu erro foi querer acender o isqueiro e, ao mesmo tempo, apertar minha buzina, que é inflamável. Quando eu apertei a buzina com o fogo, formou uma chama imensa no meu rosto. Eu acho que a pista imaginou que era uma performance de pirofagia. Que bom que só queimei minha sobrancelha.
Não vou aguentar e vou contar o mico que paguei no carnaval de 2014 na Flexx (São Paulo – SP). Eu sempre gosto de sair da cabine, pular, interagir e, na 2ª música do meu set resolvi ir para a frente do palco e não vi a caixa de retorno. Fui saltar e torci meu joelho e faltava 1 hora e 50 minutos de set. A DJ Shine falava pra eu beber vodka pra esquecer da dor. Enchi a cara, mas a dor era muito forte. Eu acho que o público não percebeu, mas é lógico que interfere na performance e na qualidade do set. Quando terminei de tocar, a adrenalina baixou, veio uma dor tão grande e voei pro hospital.
Espero que tenham curtido esta edição da coluna. Se tiverem sugestão de tópicos ou queiram saber histórias, podem mandar no djpringles@uol.com.br ou no site da Colors DJ (contatos).
Meu insta? @djpaulopringles
Pode seguir e lá te dou boas festas!