Quando que eu ia imaginar ficar 1 ano sem ir à rave? Socorro, gente!! Ano passado, nesta mesma época, eu já estava contando os dias para chegar o Universo Paralello para reencontrar os amigos de tantos lugares e ter o prazer de conectar com tantas culturas e projetos diversos.
Já tinha o calendário dos festivais que queria ir neste ano em mente, despedi de tantos amigos no UP com a certeza que íamos nos encontrar no Pulsar, que estava marcado para junho deste ano, aí veio a pandemia e o isolamento social e levou todos os nossos planos pro ralo e mudou tudo ao nosso redor.
Ficamos cada vez mais virtuais e os eventos online já não estão suprindo a falta da festa real, mas não podemos negar que esses eventos virtuais nos aproximaram dentro desse distanciamento e nos conectou com vários artistas e amigos.
Sabemos que em alguns lugares, algumas festas começam a aparecer, mas ainda não me sinto segura, nem confortável em marcar presença. A pandemia ainda não acabou, mas não vai durar pra sempre (ainda bem né?!). Quando tudo se estabilizar, como você acha que será a volta dos festivais?
É possível que as regras sanitárias fiquem muito mais rígidas, que a capacidade de público seja reduzida, a princípio, e que tenhamos maior investimento para o produtor, além de mais exigências burocráticas que nem imaginamos.
Acho que muita coisa vai mudar até voltar para o ritmo normal. Talvez demore um pouco para ver aquele line up sortido com bandeirinhas de tantos países diferentes como estamos acostumados a ver. Passagens aéreas internacionais e cachês que se tornam salgados, quando convertidos na nossa moeda, pode afetar a vinda de muitos artistas da cena underground. Em alguns casos, até a decoração da festa vem de fora do país. Será que entraremos numa onda de eventos híbridos com lives virtuais e presenciais? As possibilidades são infinitas.
Por outro lado, movimenta toda uma cena nacional e dá visibilidade e oportunidade para tantos produtores que temos por aqui. E sabemos que temos para todos os gostos e estilo!!
Esse retorno vai exigir dos organizadores um cuidado maior com a escolha da equipe, uma atenção redobrada com os banheiros e área de higiene no evento e uma logística mais detalhada. Isso pode afetar o valor dos ingressos e vamos sentir no bolso esse reflexo.
Não dá pra ter uma data exata desse retorno e é fato que estamos precisando de um momento de relaxamento e diversão.
E mais importante do que quando, é qual vai ser o sentimento e aprendizado que vamos levar para o dancefloor. Espero que seja de mais respeito ao próximo, maior cuidado com compartilhamento de objetos, mais atenção com nossa higiene, maior consciência ambiental e muita solidariedade. Apoiar os eventos que são feitos com esse sentimento e pensamento vai fazer esse retorno ser inesquecível. E seguimos sonhando com esse tão esperado momento. E você, qual a sua expectativa para esse retorno? Conta pra mim!