REVELAÇÃO | FRACTAL DOG: Do Espírito Santo para o Mundo do Psytrance

De um quintal cheio de DJs ao Freak Carnival em São Paulo, Lucas Félix conquista espaço e mostra por que é a grande promessa da música eletrônica

Lucas Félix, o DJ Fractal Dog, é a nova cara do psytrance nacional. Nesta entrevista exclusiva, ele revela como transformou sua paixão de infância pela música eletrônica em uma carreira promissora. De um quintal cheio de DJs até grandes festivais, Fractal Dog reflete sobre suas conquistas e sonhos.

Com uma trajetória que mistura autenticidade e determinação, Fractal Dog desponta como uma revelação do psytrance nacional. Representando uma cena vibrante e em crescimento, ele traz um som que conecta pessoas e inspira novos talentos. Da influência familiar às suas primeiras gigs, Lucas Félix é a prova de que a paixão pela música pode transformar destinos.

Nesta conversa descontraída com Colors DJ Magazine, Fractal Dog, o DJ REVELAÇÃO  do Psytrance, compartilha os bastidores de sua ascensão na música eletrônica. Ele fala sobre a influência da mãe, os primeiros contatos com o psytrance, os desafios da carreira e os momentos marcantes ao lado de ídolos do gênero. Descubra por que ele é a nova promessa da cena e prepare-se para se inspirar nessa jornada eletrizante!

Vamos direto ao ponto, Lucas: como foi crescer cercado por música boa e DJs no quintal de casa? Isso era sempre divertido ou tinha dias que você pensava: “Chega disso”?

Posso ser honesto? Eu gostava, sim! Apesar da idade, eu interagia bem com a galera. Às vezes, os amigos da minha mãe traziam os filhos, e a gente ficava no quintal brincando na piscina e correndo por aí. Mas eu estava sempre com um olho no som, curioso, perguntando como os equipamentos funcionavam e admirando quem estava no comando.

Você já teve aquela fase de querer tocar em banda ou aprender algum instrumento?

Quem nunca, né? (risos). Quando era criança, fiz capoeira e aprendi a tocar berimbau. Foi o único instrumento em que consegui tirar um som que realmente me agradou.

O apoio da sua mãe, Márcia Felix, é notório. Como ela influenciou sua jornada na música eletrônica?

Minha mãe é minha maior parceira! Ela sempre esteve ao meu lado nos eventos, trazendo aquela vibe positiva que me motiva a continuar. Sou muito grato por todo o amor e suporte. Sem ela, eu não estaria onde estou hoje.

Seu primeiro contato com o psytrance foi em 2002/2003, mas você só começou a tocar em 2022. Por que essa jornada levou tanto tempo?

Pois é, demorou mesmo! Eu tinha uns 10 anos quando ouvi psytrance pela primeira vez e só fui comandar uma pista aos 29. Passei por várias profissões antes de mergulhar de cabeça na música. Já fui instrutor de bodyboard, guarda-vidas, vendedor, mecânico industrial… até que decidi: “Preciso fazer o que amo de verdade.” A música eletrônica era a resposta, e agora estou investindo nisso!

O nome “Fractal Dog” tem uma vibe diferente. Qual a história por trás dele?

Surgiu de um apelido antigo: “dogface”. Nunca entendi de onde veio, mas sempre achei divertido. Então, resolvi dar um toque psicodélico e nasceu o “Fractal Dog”!

Você começou a tocar por paixão, mas já está se apresentando em grandes festivais. Como foi receber essa resposta tão rápida do público?

Totalmente inesperado! Sempre sonhei com isso, mas não achava que aconteceria tão rápido. Cada apresentação é uma chance de me conectar com as pessoas e sentir a energia incrível que a música eletrônica proporciona.

Até agora, quais foram os momentos mais inesquecíveis da sua carreira?

O festival MÃE TERRA foi o ponto de partida, onde tudo começou. Mas tocar no Freak Carnival, em São Paulo, foi um marco. Foi minha primeira vez fora do Espírito Santo e ainda tive a honra de tocar com ídolos como DJ Paula, Psique e Rosa Ventura.

Como foi dividir a cabine com essas lendas do dark psytrance?

Foi incrível! São pessoas maravilhosas e que admiro muito. Receber este convite me deixou com o coração acelerado e foi muito representativo para mim. imagina só! Alguns de seus ídolos te chamando pra tocar junto com eles! Posso dizer que foi como se estivesse realizando um sonho.

Desde suas primeiras gigs nacionais, os convites não pararam. Como está sendo lidar com essa nova fase da sua carreira?

Está incrível! Depois dessas gigs maiores, as oportunidades começaram a surgir com mais frequência aqui no Espírito Santo. Isso tem dado um gás enorme para minha carreira.

Como você enxerga o futuro do psytrance na sua cidade, no Brasil e no mundo?

O cenário local está ganhando força, mesmo com menos eventos de darkpsy do que eu gostaria. No Brasil, o psytrance está conquistando cada vez mais espaço, com festivais que celebram não só a música, mas toda a filosofia por trás dela. Globalmente, a cena continua evoluindo com colaborações e novas sonoridades. É um futuro empolgante!

Produção musical está no seu radar? E viver 100% de música, é o plano?

Com certeza! Já estou investindo em cursos e workshops para aprimorar minhas habilidades na produção musical. Trabalhar exclusivamente com música é meu objetivo final, e estou totalmente focado nisso.

O que significa pra você estar dando essa entrevista na Colors DJ Magazine? Como isso pode impactar sua carreira?

Acredito que esta entrevista para Colors DJ Magazine pode ser um marco importante, por compartilhar minha história e experiência, dando oportunidade de me conectar com mais pessoas e conseguir expandir o alcance do meu trabalho.

Deixe um recado para os seus fãs daqui da Colors DJ Magazine que sonham em seguir os passos de DJs como você.

Quero dizer que cada passo conta! Se você tem paixão pela música e uma vontade de impactar as pessoas através dela, siga em frente. Estude, pratique e não tenha medo de se expressar. Lembre-se de que cada artista começou do anonimato, então acredite na sua capacidade também!

Picture of DJ Sobrinho

DJ Sobrinho

Repórter
Edição de texto: Orly Fernandes

Todos os posts

COMPARTILHE: