Falando de Mario Beckman, não tem como separar a arte de ser DJ da arte de dançar e encantar o público durante suas performances. Por isso, queremos começar falando de sua relação com o teatro e com a dança antes de se tornar um “deejay” profissionalmente e agora enfim ser uma das REVELAÇÕES do segundo ano da Colors DJ.
Mario Ricardo R. C. Beckman, nascido na cidade de São Luís, no Maranhão, hoje com seus 33 anos, já tem um grande destaque mesmo sendo uma revelação que toca há dois anos, representando principalmente, um dos selos de tribal house mais comentados dos últimos tempos, mesmo fora da cena.
“A arte mais nobre é fazer os outros felizes”
- Mario Beckman, frase citada na bio do DJ no seu Instagram. Tweet
Fique agora com o bate-papo especial que tivemos com esse maravilhoso, que entrega sempre o melhor das artes que tanto ama, durante suas performances como DJ Mario Beckman:
Dois anos de carreira apenas, e olha tudo o que você já fez e conquistou. Fale um pouco dessa conquista relâmpago que você teve e como sua mente tem se comportado nesse período tão curto já tendo muito destaque na cena?
A música sempre esteve presente em minha vida, meu pai e meu tio são músicos, meu antigo padrasto é DJ, eu sou ator e bailarino, e o entendimento da música com o trabalho de “deejay” veio naturalmente. Sempre tive um bom “feeling” para música e o momento certo em que ela deveria estar tocando. Acredito que este meu “feeling” natural junto com a minha base artística agregaram muito a minha nova profissão. Eu não poderia estar mais feliz e grato, com tanto destaque e reconhecimento da cena para com o que tenho feito. O melhor e o que mais me motiva é o público que me abraçou com tanto carinho e que consegue sentir a intenção que ponho ao apertar cada vez o “play”. Eu vim do “showbiz”, e tenho os meus 2 pés no chão, o deslumbre do sucesso não faz parte da minha vida, a única coisa que prezo é pelo respeito, que acredito que todo profissional merece. Fui educado para estar em cena como profissional e aceitar o carinho e o reconhecimento de cada um na platéia/pista, mas encarando sempre como missão de fazê-los felizes daquele momento em diante, depois disso, eu sou como cada um ali, que só quer se divertir e esquecer dos problemas do cotidiano.
Você já se apresentou em vários países das Américas, fale também um pouco dessas apresentações e o quão importantes elas foram pra você estar aonde chegou até agora?
Antes de começar a trabalhar como DJ, eu tive o privilégio de estar presente em vários festivais pelo mundo e consegui identificar que cada canto do mundo possui uma identidade “vibe” para determinado público selecionado. Quando tive a oportunidade de tocar para eles, aprendi muito que se você acredita no seu som e na melhor intenção com que faz aquilo, eles aceitarão e acreditarão em você e entrarão na sua “vibe”, que é única. É aí que a magia acontece. Não posso deixar de falar da atitude: tocar é como vestir um look, você precisa sem garantir no que está apresentando/tocando, mas também é um grande jogo de estratégia porque nesse momento, você tem a pista em suas mãos e eles precisam ter sempre o melhor de você.
“Por que não fazer de uma festa também, um show onde o DJ participa de um número musical em sua intro, por exemplo?” – Mario Beckman.
Você trouxe uma forma bem intensa de se apresentar como DJ, com suas performances junto ao balé durante o set. Fale um pouco de como foi a repercussão do público, dos DJs e dos produtores de eventos perante sua entrega especial nos eventos.
Eu faço parte do público nesta cena há mais ou menos 15 anos. E sempre achei que as pessoas ali mereciam algo a mais do que só a música. Eles precisavam de mais entretenimento. Por que não fazer de uma festa também, um show onde o DJ participa de um número musical em sua intro, por exemplo? Tive essa ideia quando fui bailarino no festival Tomorrowland e imaginei o DJ ali fazendo parte da performance com a gente e dando mais sentido a história que a festa queria contar. Encarnar um personagem e a partir do número ir para a cabine e começar a tocar faria com que as pessoas se envolvessem mais com a proposta da festa e vivessem ali uma experiência inesquecível.
Quando comecei a executar estas ideias, tive muito apoio do meu marido Leandro Paes (um dos produtores da Festa Guapo), que assim como eu, acreditava muito na proposta de fazer provocar esta sensação nas pessoas e trazer algo novo para a cena. E o feedback do público foi muito positivo, levando a marca da festa crescer e se estabilizar com uma identidade original e nova perante a cena. Além de performar e tocar, eu mais um time de profissionais desenvolvemos o conteúdo para ser apresentado com temas distintos e sempre com um porquê, fazendo a festa ter uma narrativa contínua. A partir daí, a cena mudou de certa forma e muitos DJs e produtores aderiram a este formato incluindo seus DJs para apresentar os temas de suas festas também.
Por amar a dança e o teatro você é um dos DJs que mais se diverte tocando durante suas apresentações. ISSO É NÍTIDO! Como é isso para você?
Sim, sempre! Eu acredito que se você está ali se divertindo e acreditando no que está fazendo. As pessoas receberão aquela energia e se juntarão a você. Só entro ali com as minhas melhores energias.
Quando foi que aconteceu a virada de chave e que você decidiu que seria um DJ que traria a dança junto ao balé durante suas apresentações?
Na primeira Guapo de Carnaval, foi meio que no susto, decidimos fazer uma apresentação na semana da festa, ensaiamos com mais 2 bailarinos e executamos e BOOM, aconteceu,
E a reação das pessoas foi a melhor possível. A partir daí, tudo mudou. Mas sim, vinha com essa ideia desde 2016 quando estive no cast do Tomorrowland.
Um dos personagens mais marcantes aqui no Brasil, o Chaves, foi também o seu principal e de maior repercussão até hoje. Conta pra gente como foi viver essa experiência durante a tour da “Edição Vila do Chaves da Guapo”.
Sinceramente foi uma das mais difíceis, quando recebi o tema dos produtores, fiquei algumas semanas pensando no que iríamos apresentar. Não era um tema glamuroso e o personagem é um menino de rua que vive com fome. Eu e nossa equipe resolvemos investir no humor, que era o segredo do sucesso da série e fizemos também uma releitura dos personagens para o universo LGBTQIA+. Eu não criei expectativa alguma e jamais havia me imaginado interpretando o Chaves de alguma forma, mas mergulhei de cabeça e tentei deixar a proposta o mais leve e divertida possível. Foi uma realização como artista! O sucesso do tema foi natural e despretensioso, a melhor parte era ver as pessoas se emocionando com o trabalho que fizemos.
“Para fazer algo bem elaborado, costumamos realizar 3 ensaios, com todo elenco em cena.” – Mario Beckman.
Fazer a performance mais icônica da sua carreira levou quanto tempo de ensaio e mais ou menos quanto se investe nesse tipo de performance? Esse valor é percebido pelos produtores que te contratam?
Para fazer algo bem elaborado, “costumamos realizar 3 ensaios, com todo elenco em cena. Os valores investidos variam muito do que será apresentado, de quantas pessoas terão no elenco. Mas em média, posso dizer que a festa investe neste número uma quantia até R$30.000 , dependendo da produção.
Como você consegue manter sua vibe positiva e transmiti-la de forma tão genuína durante suas apresentações?
Eu procuro sempre separar muito bem a minha vida pessoal da profissional. Então, não levo nada de negativo comigo para a cabine. Acredito que estou ali para as pessoas que vão curtir o meu som na intenção de se divertir, esquecer dos problemas e stress do cotidiano. Se emocionam de uma forma boa e só cabe a mim neste momento, guiá-los por esse caminho.
Estamos chegando ao fim, agora quero saber se você pode nos adiantar novidades para essa reta final de 2022? Conte aí pra gente!
Graças a Deus, as coisas estão fluindo muito bem e novos projetos estão saindo do papel e sendo produzidos, mas, assim como tudo o que fiz até agora foi em segredo, também não posso revelar nada ainda. Mas, garanto que vocês continuarão se entretendo em minhas performances.
“A atenção sempre vem quando botamos amor no que fazemos.” – Mario Beckman.
Deixe aqui o seu último recado para os fãs do seu trabalho e para quem está te conhecendo agora aqui na Colors DJ:
Seja o melhor que você mesmo possa ser. Não se importe tanto com o que vão falar ou pensar de você, quando sentir vontade de fazer o que for. Seja autêntico, não olhe para o quintal do vizinho e tente copiá-lo. A atenção sempre vem quando botamos amor no que fazemos. Sejam sempre gentis, mas também se dêem o respeito.
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