De Uberlândia ao reconhecimento internacional, Lu Santoz compartilha sua jornada emocionante e como suas emoções se conecta com o público
De Uberlândia para os maiores palcos, Lu Santoz é hoje o nome que brilha na cena Tribal House. Desde a infância simples até sua estreia internacional no Chile, ele prova que autenticidade e paixão movem multidões.
Com um estilo envolvente e sets que emocionam, Lu conquistou o público brasileiro e internacional. Momentos como tocar para 150 mil pessoas na Parada Gay de Brasília e dividir o palco com Anne Louise são marcos dessa trajetória cheia de energia e sensibilidade.
Nesta entrevista inspiradora, o DJ REVELAÇÃO fala sobre os desafios, os momentos inesquecíveis e seus sonhos futuros. Conheça a história de quem transforma emoções em música e leva a vibe brasileira para o mundo.
Como foi a sua infância em Uberlândia e como a música entrou na sua vida desde cedo?
Minha infância foi bem simples e tranquila. Venho de uma família bastante animada, então sempre estive cercado por música. Meus pais não são músicos, mas me ensinaram a sentir a música, a criar um vínculo especial com ela.
Você mencionou que a música sempre foi um refúgio para você. Pode compartilhar um momento específico da sua infância em que a música teve um papel especial?
A música se tornou um refúgio ainda mais intenso no meu processo de autodescoberta, quando comecei a entender quem eu realmente era. Sempre fui muito tímido, e quando percebi minha identidade como um jovem gay, a música se tornou meu passatempo favorito e meu refúgio.
Quando foi que você percebeu que queria se tornar DJ? Houve algum evento ou experiência que despertou essa paixão?
Essa pergunta é interessante, porque decidi me tornar DJ em 2016, numa festa que fui em Brasília. Mas a ideia só saiu do papel em 2018. Sou muito metódico e, antes de tomar qualquer decisão, gosto de estudar as oportunidades e avaliar todos os caminhos possíveis.
Você já teve experiências em festas e baladas antes de se tornar DJ? Quais são suas lembranças mais marcantes desses momentos?
Sempre gostei de ir a festas, sou muito observador. Lembro de uma vez em que vi a abertura de um evento com fogos e um balé sincronizado, fiquei emocionado. Aquilo despertou algo em mim, uma vontade de fazer parte daquilo e entender como tudo funcionava.
Fale sobre suas primeiras apresentações. Como foi a sensação de tocar pela primeira vez em uma casa de show?
Minhas primeiras apresentações foram engraçadas. Na primeira vez, mal conseguia olhar para o público, meu coração estava a mil. A cada música, a cada mixagem, eu sentia um pico de adrenalina. Quando terminei, vi o sorriso das pessoas e ouvi as palmas; ali tive certeza de que queria seguir esse caminho.
Como foi a sua experiência na Unik Academy e de que maneira isso moldou a sua carreira como DJ?
Minha experiência na Unik foi maravilhosa. Já tocava há um ano, mas sentia que precisava de um complemento, de entender mais sobre a carreira, não apenas sobre “tocar”. Quando soube que a Anne Louise dava aulas lá, não pensei duas vezes e me inscrevi no curso.
Ao longo da sua carreira, você se apresentou em várias casas e festivais. Qual dessas apresentações teve um impacto maior em você e por quê?
Todas as apresentações foram especiais, mas uma marcante foi na Index Pool Party, no interior de São Paulo. Foi a primeira festa de tribal que fui como público, e depois, já como DJ, tive a chance de fazer parte do line-up. Foi um mix de emoções.
O Back to Back com Anne Louise foi um grande feito na sua carreira. Como surgiu essa oportunidade e como foi a experiência de tocar ao lado de uma das maiores referências da cena Tribal House?
Essa experiência foi emocionante. Anne sempre foi muito generosa e, sabendo das dificuldades da cena para DJs sem agenciamento, criou um projeto para lançar novos DJs. Quando ela me convidou, fiquei em choque, mas aceitei com o coração aberto. Essa oportunidade abriu muitas portas, e sou eternamente grato a ela.
Você também teve a chance de tocar na Parada Gay de Brasília para um público de 150 mil pessoas. Como foi essa experiência?
Tocar na Parada Gay de Brasília foi uma experiência única. Recebi o convite graças ao apoio de amigos que me indicaram. Ver aquela multidão, meu look especial, em um trio elétrico. Foi mágico, especialmente para o primeiro ano da minha carreira como DJ.
Recentemente, você estreou internacionalmente em Santiago, no Chile. O que essa conquista representa para você?
Foi incrível! Estar em outro país, ver minha foto em um flyer, e tocar para pessoas que foram lá para me ouvir foi uma realização pessoal e profissional. Foi inesquecível.
A sua música tem como missão trazer sensações e emoções ao público. Como você consegue transmitir isso nas suas performances?
Ser DJ hoje em dia vai além de tocar; o público quer se conectar. Quero que eles esqueçam de tudo e só se divirtam. Minha missão é fazer com que cada um se sinta valorizado e conectado.
Você falou sobre a curiosidade que sente pela música. Pode compartilhar um pouco sobre o seu processo criativo e como você constroi seus sets?
Sou muito metódico e organizo cada detalhe dos meus sets. Gosto de pesquisar e trazer sonoridades alegres, que são minha marca. Amo vocais femininos, e cada set meu conta uma história; cada música é bem pensada para fazer diferença.
A sua trajetória tem sido marcada por momentos especiais, como a fã que tatuou seu nome. O que essa conexão com os fãs significa para você?
Essa conexão é muito especial. Quando recebi a surpresa da homenagem, fiquei sem palavras. A Lilika se tornou uma amiga querida, e essa conexão mostra o poder da música, que nos conecta de maneiras únicas.
Olhando para o futuro, quais são os seus sonhos e metas como DJ?
Ainda tenho muitos sonhos e lugares para explorar. Quero alcançar novos países, conhecer novas pessoas e mostrar a vibe do DJ Lu Santoz para o mundo.
Por fim, que mensagem você gostaria de deixar para os seus fãs e para aqueles que sonham em seguir uma carreira na música?
Agradeço a todos que estão comigo. Sou um DJ que valoriza essa corrente linda de apoio. Para quem está começando, digo que mesmo com as dificuldades, não há nada mais gratificante que se sentir realizado. Vá atrás do seu sonho e, acima de tudo, seja você mesmo.