ENTREVISTA | A grande experiência de um jovem de 27 anos

Com apenas 27 anos de idade, Melques Viber consegue entregar trabalhos incríveis como DJ, como produtor de eventos – de diversas vertentes – e como publicitário, mas principalmente por já estar próximo de comemorar seus 10 anos de carreira.

E foi por isso que não poderíamos deixar de bater um papo mega especial com esse profissional que promete entregar ainda muitos outros eventos e trabalhos super bem planejados como DJ.

“Por entender muito de todas as vertentes, pra mim é mais fácil entender a cabeça do público, transitar e me adaptar.” Melques Viber.

Confira agora a entrevista que fizemos:

Ficamos imaginando você com 27 anos e já com quase 10 anos de carreira sendo publicitário, DJ e produtor de eventos. Conta pra gente como tudo isso começou.

Desde novo eu já sabia que ia fazer publicidade, sempre fui apaixonado pela área e logo no ensino médio eu já produzia pequenos eventos. Na faculdade, comecei a aplicar tudo que aprendia em meus eventos, e fui pegando experiência com alguns parceiros, e dando a cara pra bater mesmo, sozinho. Aprendi na marra, fazendo, errando. Já passei por muitas experiências, maravilhosas e péssimas, sempre foi uma montanha russa. Mas é exatamente nessas que temos certeza que estamos na área certa. Como DJ, sempre levei como um hobby, queria ser residente das minhas festas, pegar experiência e entender o público. A partir daí comecei a ser requisitado em eventos, comecei a trabalhar minha imagem como DJ também e levar mais a sério. Hoje consigo conciliar tranquilamente as duas profissões, que estão sempre unidas de alguma forma.

Você coleciona uma gama de selos nas mais diferentes vertentes. Como é pra você administrar eventos de diferentes público?

É uma loucura, mas sou muito versátil. Por entender muito de todas as vertentes, pra mim é mais fácil entender a cabeça do público, transitar e me adaptar. Sou apaixonado por música e estudo sempre, diariamente me atualizo sobre tudo que está em alta no momento na cena no mundo todo. E em todos os selos eu tento trazer um pouco disso, adicionando um pouco de regionalidade. Além disso, sou frequentador assíduo e acompanho as festas de todos os selos. Pra mim o maior defeito de um produtor é não ser público também, é frequentando e estando no lugar dos clientes que eu enxergo o caminho que preciso seguir.

Você como produtor de eventos há tanto tempo percebe bem como o público se comporta em diferentes cidades que já produziu as suas festas? E em Lisboa – Portugal?

Sem dúvidas, cada cidade tem sua regionalidade, costumes, mesmo que às vezes alguns se coincidam. Cada cidade que toco ou produzo é uma nova experiência, uma vibe diferente. Porém eles se diferenciam mais pelas vertentes, do que pela cidade em si, pois são totalmente opostos. Em Lisboa, eu tenho parceria com um produtor e amigo, que também é dono da melhor casa do gênero de lá, a Posh Club Lisbon, onde acontecem praticamente as mesmas festas que faço no Brasil. O público de Lisboa, especificamente é muito parecido com o do Brasil. O que eu faço aqui, dá completamente certo lá, às vezes não são feitas nem adaptações, é realmente a mesma festa e proposta.

Foto de divulgação.

Com o @beagapopfestival, o maior Festival Pop LGBTQIA+ de Minas Gerais, você levou grandes atrações do gênero em BH. Fale da sua experiência com os vários artistas que você conseguiu trabalhar na capital mineira.

Eu sempre fui apaixonado pelos bastidores, gosto de verdade de conhecer os artistas, me conectar de alguma forma com eles. Já levei atrações dos mais diversos tipos. No Beagá Pop, sempre trabalhamos artistas que estão em hype no momento, uma incrível que tenho registrada foi quando realizei o último show da Banda em Minas e um dos últimos no Brasil. Fechei com a Banda logo quando anunciaram hiato, eu era super fã. Aproveitei o momento, a empolgação dos fãs e fiz uma festa bem nostálgica, com uma surpresa pra eles antes do show com uma super produção em vídeo nos telões do evento. Eles choraram no palco, foi icônico! Os 3 são uns fofos, o Matheus Carrilho principalmente.

Agora não poderíamos deixar de falar sobre sua a sua veia publicitária que é nítida em todos os trabalhos que você lança. Como é ser um Deejay e produtor de eventos publicitários?

Marketing e publicidade pra mim é tudo, por mais que eu seja envolvido em muitos projetos, acima disso tudo está minha mente, sempre querendo criar algo novo que desperte atenção das pessoas, e que eu consiga me expressar artisticamente. No final das contas é tudo sobre isso!

Foto de divulgação.

Depois de mais de sete meses de quarentena, como você enxerga tudo o que você passou durante todos esses meses sem poder fazer o que você tanto ama?

Minha rotina mudou completamente. Eu não ficava um final de semana em casa completo há anos. De início foi bem difícil acostumar e aceitar isso tudo, mas depois eu passei a ver somente o lado bom, me adaptei, aproveitei pra cuidar mais de mim e da minha família, e repensar sobre muitas coisas. Mas foi bem tranquilo, eu sempre me virei de alguma forma e dessa vez não foi diferente. Agora o difícil vai ser pegar a rotina de eventos corrida novamente.

Você lançou um novo set com uma identidade fortíssima, levando o selo da “Paramental Advisory Content”. Como foi o processo criativo de EXPLICIT TRIBAL SONGS?

Foi o set mais incrível que já fiz. Eu me joguei por completo na produção, pois é algo que há muito tempo tinha vontade de fazer. Meus artistas e música favoritas falam de assuntos explícitos e sexo – sou apaixonado por artistas como Madonna, Britney e Anitta – que reinventaram através da música a forma de se expressar sexualmente. O tribal é muito isso, é tudo muito explícito e eu nunca tinha encontrado um set que trata-se especificamente disso. Então, fiz uma coletânea de remixes de parte das minhas músicas do gênero favoritas, que levam o selo ( que sou apaixonado pelo visual ), fiz um ensaio fotográfico e marketing em cima, e o resultado não poderia ser diferente. O público amou e todos os dias recebo elogios a respeito do trabalho. E isso me motiva a criar algo novo sempre!

Ouça o set: “EXPLICIT TRIBAL SONGS”

Foto de divulgação.

Qual mensagem você deseja deixar para seus fãs e para os leitores da Colors DJ Magazine?

Hoje, o que mais vejo e me incomoda, não só no meu mercado, mas em geral, é a falta de vivência/informação/atualização e comodismo, e que torna a pessoa ignorante, obsoleta e incompleta.

Meu conselho, que diria que é o meu segredo profissional e pessoal e que me faz sentir realizado, é estar sempre conectado com pessoas, com lugares, com línguas, com universos e com círculos sociais. Estude coisas além do que é do seu interesse, esteja sempre atualizado sobre tudo, faça novas amizades, visite lugares diferentes. Isso faz você crescer, aguça sua vontade de viver, sua criatividade, sua inteligência e faz você ser uma pessoa melhor.

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