Allan Natal, carisma, talento, sucesso e com o dom de ensinar e também agitar as pistas por todo o Brasil e no mundo. Ele é natural de Belo Horizonte – MG e local onde também reside. Como um bom escorpiano que é, ele tem a força e a capacidade de se reinventar.
Desde criança, ele teve a sua paixão pela arte, tecnologia e ciência, aflorada. Seu plano era ser profissional na área de TI, mas na sua adolescência, com cerca de 15 anos, quando cursava cursos técnicos de linguagem de programação, rede e robótica, descobriu a música eletrônica.
“Eu fiquei em transe e hipnotizado pela sonoridade, timbres e por, principalmente, tudo ser criado eletronicamente e nos computadores. Uniu então 2 paixões, computadores e música”
Uma das suas grandes inspirações que o ajudou em todo o processo para a música, foi a sua avó, que já sentia o seu talento musical e também engraçado. Sempre com incentivos, ela lhe presenteou com uma gaita, flauta, bateria, teclado e ainda falava: “você tem mãos de pianista“, boas lembranças e gratidão, relembra Allan.
Foi graças a essa bagagem musical que o processo de aprendizagem foi rápido e fácil de se adaptar. O que o ajudou a produzir as suas primeiras músicas e remixes, na época com poucos produtores nacionais de música eletrônica, esse processo fez com que ele tivesse ainda mais visibilidade, destaque e a conquistar reconhecimento pelo seu trabalho.
“Até então, ser DJ não estava nos meus planos. Naquela época, DJ não tinha esse “glamour”, digamos assim, que tem hoje”
Allan relembra que na época em que começou sua carreira, os DJs ficavam escondidos nas boates, as pessoas não sabiam os nomes de quem iria se apresentar. O seu foco estava em compor e produzir músicas, mas com o passar dos anos, viu seus remixes e músicas começando a tocar no rádio e clives. Foi onde surgiu o convite para ser DJ residente de um novo clube que iria abrir em Belo Horizonte, mas ele ainda não era DJ.
“Eu falei com eles que não tinha planos de ser DJ e recusei o convite, mas eles insistiram muito e me convenceram (graças a Deus! rs). Foi uma outra paixão”
Apesar de serem profissões próximas e que se complementam, Allan relembra que diferem e que não necessariamente, uma pessoa que é um ótimo produtor musical, será um ótimo DJ. Para ser um bom DJ, é necessário ter técnica, bom gosto, saber observar, sentir a pista, construir o set, interagir, se conectar com as pessoas, levar emoção e diversão. Ele conta ainda que aprendeu a tocar rápido, pois já tinha as técnicas de produtor, então, foi necessário treinar os ouvidos e mais técnicas.
“Eu amo a minha profissão e sou muito grato a Deus por ter esse dom e grato também à todos que me ajudaram chegar até aqui. Eu enfrentei muitas dificuldades para chegar aonde cheguei. Sofri muitas máfias, ouvi muito não, ouvi que eu não tinha talento, ouvi que eu não tinha futuro, ouvi que eu não ia chegar a lugar algum. Ouvi isso até mesmo da minha família e de amigos próximos”
Allan não desistiu e acreditou em si mesmo, no seu sonho e no seu talento, sendo perceptível por onde passa e se apresenta.
“Por sempre fazer tudo com muito amor e dedicação, eu consegui transmitir isso na música e no meu trabalho. Acho que isso foi o propulsor para eu vencer todos os desafios. Estou contando isso porque eu sei que tem muitas pessoas que passam por todas essas dificuldades e pensam em desistir. Não podemos desistir nunca. Desistir é para os fracos. Prefiro morrer tentando do que nunca ter tentado”
Completando 15 anos de carreira como DJ e 20 anos como produtor musical, ele relembra que apesar de todas as dificuldades, correrias, noites mal dormidas, o que mais motiva é receber o carinho das pessoas.
“Eu só consegui passar pela pandemia porque recebi muito amor das pessoas. Sou grato a todos que mandaram mensagem de apoio, força e de carinho com meu trabalho, obrigado. Amo vocês”
Allan Natal sempre foi muito grato por tudo, toda carreira e que chegou a hora de passar o seu conhecimento e ensinamentos para quem tem o mesmo sonho. Relembra que essa vontade de ensinar se intensificou quando ele percebeu muitas pessoas fazendo cursos e não aprendiam muito bem. Então, resolveu fazer o seu curso voltado para técnica, para a pessoa aprender a tocar. Allan reafirma que qual estilo musical a pessoa quer tocar, tem que partir do coração e do gosto musical de cada um. Ele sempre passa isso aos seus alunos.
"Venha com pé no chão, não é fácil e nunca será. O processo é demorado. Tenha estratégias, tenha persistência, uma luta, busque sua identidade musical, não seja mais um, e principalmente, faça tudo com amor. Mas, se você quer ser DJ por close e pelo glamour, melhor nem tentar”
Com muitos trabalhos de destaque, Allan fez parcerias com nomes incríveis da música eletrônica e sucessos que rodaram as pistas do mundo inteiro. Leilah Moreno com “You’re Not Here” que foi um grande sucesso e ficou em primeiro lugar na rádio Beat FM no México, onde também ganhou o prêmio de segunda melhor música do ano. Outra grande voz brasileira, na qual teve a oportunidade de trabalhar, foi a Patrícia Camin com o single “Real Life”. Foi com essa música que conseguiu romper a barreira da cena gay e ganhou um remix do Jetfire, um grupo famoso de produtores de EDM que já tocaram na Tomorrowland. O remix deles já foi tocado por muitos DJs de EDM em grandes festivais mundiais.
Dos trabalhos atuais, um grande sucesso e que marcou a sua carreira foi com Liz Eyre em “I’m Holding On” e “Don’t U Dare” com Nikki Valentine e Amannda.
Com impacto da pandemia do COVID19, foram dois anos de incertezas para o artista, mas agora com a volta do ritmo de apresentações, Allan volta com tudo, com apresentações no Brasil e no mundo.
Nesses 15 anos de carreira como DJ, Allan teve muitos momentos lindos e marcantes na sua trajetória. Mas, os que marcaram foram no México, Chile, Israel, Tailândia e principalmente no Brasil. Aqui em seu país, ele relembra a sua estreia com o André Almada, na extinta The Week SP e Rio, e os grandes carnavais que foram produzidos pelo empresário. Também, quando completou 10 anos de carreira. Allan Natal relembra o seu live set “Paredão” com Nat Valverde. A festa +18 da Parada Gay deste ano apresentou o projeto ao vivo pela primeira vez. Já nas Festas da Lili em Brasília onde toquei e os dois encerramentos que fiz na H&H, são os meus grandes destaques.
“É muito gratificante conseguir quebrar barreiras e levar o seu trabalho a outros países e a outras culturas. Também, é muito gratificante representar, levar a energia do meu país e da minha cidade para o mundo. É engraçado que cada país tem sua vibe e energia. As pessoas interagem de forma diferente. É uma experiência maravilhosa viver isso, conhecer novas culturas e ter essa bagagem cultural”
Allan desenvolveu mais parcerias musicais com nomes como Tony Moran, Yinon Yahel, Georgia Brown, Epiphony, Patrícia Camin, Joe Welch, Mister Jam, Lorena Simpson entre outros e teve suas músicas tocadas por vários países.
”Sabe quando você é mega fã do artista e você nem acredita que está trabalhando e tendo contato com ele? É muito gratificante para o profissional ter essas oportunidades”
Sua inspiração é sempre tocar as pessoas com a sua música, Allan cita que as suas músicas devem ter alma, que transmitem energia e não são apenas uma batida. Como produtor versátil faz algo mais para a pista, fervo e em outros momentos. Ele conta que faz algo mais melódico e introspectivo, mas sempre sem perder a essência e a energia.
Com dois grandes projetos em alta, atualmente, o single “Test Drive feat Amannda”, e, também, o sucesso de “Paredão” com a Nat Valverde, ele fala com empolgação sobre esses projetos.
“Trabalhar com a Amanda é sempre um grande prazer. Além de ser uma grande amiga, ela é uma artista fenomenal. Eu me apresentei recentemente com ela em Nova Iorque e na Tailândia, inclusive, o show dela é fantástico. Ela precisa vir pro Brasil para se apresentar e o público merece sentir essa experiência única que só ela consegue fazer. Fica a dica”
O single “Test Drive” é um projeto que está sendo desenvolvido desde a pandemia, é uma música voltada mais para a pista e não introspectiva como, por exemplo, a “I’m Holding On”. Allan nos conta ainda que novos remixes da música e um super clipe estão por vir.
“Já o projeto paredão, foi um dos projetos mais especiais que eu já fiz. Eu amo a Nat Valverde, como amiga e como a grande artista que ela é. Temos uma incrivel amizade e uma sinergia juntos muito foda. Acho que isso é o mais lindo e foda do projeto. A energia que a gente passa para as pessoas. É único”
Allan Natal conta que tem muitas novidades vindo por aí e adianta que tem músicas já no forno para serem lançadas. Ele confirma que o projeto “Paredão” com a Nat Valverde vai continuar e tem planos para rodar o Brasil.
Foi com imensa satisfação que a equipe da Colors DJ Magazine realizou esta matéria para homenagear este grande artista, que traz muita alegria e boa energia por onde passa. Através dessa homenagem, representamos milhares de pessoa que curtem e acompanham o seu brilhante trabalho como produtor musical, DJ e professor.
Agora é um momento de homenagem a esse grande ícone.
“O Allan é do tipo de pessoa que não desiste dos sonhos e de lutar por eles. Pode passar anos que ele vai fazer de tudo para realizá-los. Ele, como profissional, é muito dedicado e trabalha todos os dias para sempre ter novidades nos seus sets. De terça a sexta, é certo que ele vai estar ali, sempre produzindo para poder viajar no final de semana, com músicas novas e deixar a sua marca por onde ele passar. Como companheiro, ele é um amor e sempre faz de tudo pra me ver feliz e eu só consigo retribuir. Foi uma das melhores coisas que já aconteceram na minha vida, sem sombra de dúvidas. Ele faz os meus dias mais felizes. Seis anos juntos e nunca vivi algo tão parecido. E eu o amo cada dia mais, principalmente pelo respeito, companheirismo, amizade, pelo seu amor e por cuidar tão bem de mim” - declara seu marido,
E você, leitor, que deseja acompanhar mais de perto o trabalho desse grande ícone e mestre das mixagens, siga-o em suas redes sociais.
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