Um início desafiador e muita vontade de crescer
O DJ e empresário Fabyo Marquez é um grande exemplo de quem consegue enxergar as críticas e mudar no que for preciso.
Ele que já tocou na KM5 Lounge, em Ibiza, e que agora está lançando seu novo álbum BLAST, seu projeto de RAP e TRAP, além de também ter inaugurado sua nova casa de festas no litoral paulista durante esse período pandêmico.
Fabyo Marquez nos conta um pouco de sua trajetória como DJ e como empresário nas noites paulistanas. Confira agora sua entrevista para a Colors DJ:
Fale um pouco sobre o início da sua ligação com a música e como surgiu a ideia de se tornar um DJ profissional.
Meu primeiro contato com a música foi nos anos 90, tinha 19 anos, e foi no antigo reduto clubber Espaço Nation. Ficava vislumbrado com o DJ Marky, Patife, Ramilson Maia, entre outros grandes nomes. Nasceu aí a vontade de tocar profissionalmente. Então comecei a comprar vinil e usar duas “vitrolas” que minha mãe comprou pra mim num, como se diz, BRECHÓ. Iniciei tocando em duas vitrolas, adaptadas, não tinha nem mixer, tudo era no tempo kkkk. Grandes lembranças!
Quem foram as pessoas mais importantes no início de sua carreira?
Quando decidi realmente tocar, o maior incentivador da minha carreira foi o saudoso “Rato”, DJ Robson Mouse, um cara que foi sem dúvida um divisor de águas.
Você já se apresentou na Europa, em alguns países, além de se apresentar várias vezes em diversas Paradas do Orgulho LGBTQIA+. Quais foram os três momentos mais relevantes de sua carreira?
Tocar no KM5 Lounge em Ibiza, foi o momento mais marcante da minha vida, nem falo da carreira. Outro momento especial foi tocar na Parada de Guarulhos em 2019, foi espetacular também!
Depois de sete anos de estrada, quais são os sonhos que você almeja alcançar dentro desse mundo da música eletrônica?
Sonhos são inúmeros, como estourar uma música autoral, por exemplo, tocar em grandes festivais, aliás, neste ano novo, se Deus quiser né, me apresento no palco Culturando na Festa do Peão em Barretos (tá todo mundo convidado).
Além de DJ você também é empresário. O seu bar/tabacaria está em fase de evolução, fale um pouquinho sobre este novo espaço que pretende lançar agora.
Bem, eu abri o Celeiro das Tribos, um bar tabacaria e karaokê, em plena pandemia, queria criar um ambiente legal, além dos lugares comuns que tem no centro de São Paulo e deu certo. Graças a Deus. Agora estou para abrir uma filial no litoral sul paulista. E recentemente lancei um novo projeto, também no litoral, que é a MK House, um espaço para eventos com piscina, exclusivo para festas diurnas, e a aceitação foi excelente.
Você está lançando um novo álbum, com um estilo bem diferente do que você sempre fez – fale um pouco mais deste projeto.
Ah sim, estou lançando o álbum BLAST – em todas as plataformas digitais – esse álbum tem 7 faixas e três delas são do estilo RAP e TRAP, com vocais de WSG Guerra, MC Diney e CanelaMC. Os resultados foram surpreendentes, já que sai da zona de conforto.
Quais são seus próximos passos como DJ, agora com os eventos voltando?
Então, o que posso adiantar é que irei fazer uma turnê pela Europa (aliás, já deveria ter ido), mas o quadro pandêmico ainda inspira cuidados. O certo é que volto a me apresentar no KM5 Lounge e em outras casas no continente Europeu. Existe a possibilidade de tocar num grande festival que vai se realizar em Setembro de 2022 no Brasil.
Como foi pra você viver esse grande período de pandemia?
Pra mim foi corrido e sofrido também, após a cura de um câncer nos rins, descobri que sou cardíaco, tenho hipertensão e passei a tomar um remédio contínuo, isso não foi bom.
Qual mensagem você deseja passar para os seus fãs, seguidores e leitores da revista?
Durante a pandemia, li uma publicação numa rede social que dizia que eu era péssimo DJ e vocês não sabem o quanto sou grato a essa pessoa. Me fez rever meus conceitos, reavaliar minha atuação, meus valores. O resultado disso é que nunca sabemos tudo, que sempre há o que aprimorar, que o conhecimento é infinito. Foi essa publicação que me fez me enveredar por outros campos musicais. Então minha mensagem é que só somos o que os outros dizem quando somos incapazes de nos enxergar, de mudar, de crescer! Não esquecer o passado nos lembra a todo momento de onde viemos, nos fortalece na busca do onde queremos chegar! Vale a pena. Abraços!