Ele é DJ, produtor e baterista, a fórmula perfeita para o sucesso e grooves perfeitos.
Estamos falando de Tomer Maizner.
Nascido em 24 de janeiro de 1984, Tomer Maizner foi eleito o DJ nº 1 pela revista Time Out Tel-Aviv, conhecido profissionalmente como deejay residente
do selo Forever Tel-Aviv (Israel) e mundialmente por levar seus sets originais que são uma sensação musical totalmente nova, incorporada às suas habilidades na bateria, garantindo uma experiência incrível aos ouvintes.
“Quando estou tocando, minha primeira regra básica é jogar sem ego!” – Tomer Maizner.
Já íntimo do público brasileiro, em uma dessas visitas ao Brasil tive o prazer de conhecer pessoalmente a energia que ele e sua bateria eletrônica criam em suas apresentações.
Confira agora a entrevista que fizemos com o Tomer Maizner, onde ele falou um pouco de sua trajetória como DJ e produtor musical, momentos marcantes de sua carreira e, claro, o que o DJ acha do público brasileiro.
Como a música entrou na sua vida e quando você começou a tocar?
Eu vim de uma casa muito musical, estava lá desde o primeiro dia – cresci ouvindo muitos
tipos de música, dos Beatles ao Radiohead. Comecei a tocar bateria quando tinha 12 anos e tinha uma banda de rock no colégio. A maior parte do tempo, em vez de fazer meu dever de casa, estava tocando e praticando com minha banda. Os anos 90 e o início dos anos 2000 foram tempos incríveis para a música, então eu me sinto sortudo por poder me inspirar nos músicos durante esse tempo.
Como é o Tomer fora da cabine?
Tenho uma família maravilhosa – esposa e 2 filhos (Adan 2.5 e Zoe 0.7), um menino e uma menina. Estamos morando em Tel-Aviv e estou realmente tentando estar ao lado deles o máximo possível. Este ano, quando tudo parou por causa da Covid19, foi uma espécie de presente para mim, porque tive a chance de ser pai em tempo integral.
Como você começou a produzir? Gostaríamos também de saber como acontecem seus processos criativos?
Comecei a produzir há alguns anos no Cubase, mas recentemente estou produzindo no Ableton Live, porque acho que é um software mais criativo para o tipo de música que produzo. 99% da produção começa na minha cabeça. Pode ser no meu carro, no avião ou mesmo a partir de um único ruído ou uma palavra que de repente chame a minha atenção.
Estou realmente tentando criar meu próprio som, pode levar uma eternidade! Mas recentemente eu sinto que encontrei.
O que você mais valoriza quando se apresenta e como se prepara?
Eu sempre digo que “um bom DJ não é necessariamente um bom produtor e um bom produtor não é necessariamente um bom DJ”. Quando estou tocando, minha primeira regra básica é jogar sem ego! Vou fazer o que se espera de mim… fazer as pessoas dançarem!!
Com o tempo, aprendi as diferenças entre os lugares ao redor do mundo, então antes de cada set, tento combinar minhas próprias coisas com o som e a vibração locais.
Para mim e para a multidão, cada show é diferente porque estou usando minha bateria
eletrônica para adicionar uma nova camada de energia ao set. É totalmente ao vivo e tenho
certeza que é mais divertido ver um DJ que também é músico tocando ao vivo na sua cara
como se fosse mais divertido ver o “chef” fazendo o prato na sua mesa.
Quais são os momentos que mais te emocionaram quando você se lembra do que vivenciou como DJ?
Acho que para cada artista, a primeira vez que ele consegue algo é sempre um momento forte. Então minhas primeiras memórias como um DJ adolescente sempre me emocionam e me fazem sentir tão sortudo por ser capaz de viver de uma coisa que amo, que é estar no palco e tocar música.
A memória muito forte na verdade era do carnaval em Floripa… um pouco antes do nascer do sol e eu toquei “Losing My Religion” do REM em uma versão dançante. Eu estava na cabine do DJ segurando a bandeira do Brasil e a reação do público foi algo que nunca esquecerei.
E aqui está o vídeo desse momento:
Você já tem experiência de tocar aqui no Brasil, principalmente nos períodos festivos do nosso calendário, qual a sensação que o público brasileiro te dá?
Como baterista aprendi samba por muitos anos e só de estar no Brasil para o carnaval era um sonho que se tornou realidade, para não falar de tocar no carnaval. Eu me senti em casa imediatamente e a galera no Brasil é a melhor do mundo.
Como é fazer parte de uma história musical que vai de Israel ao resto do mundo?
É uma grande honra poder trazer um pouco da sua cultura e ver como a música pode ser uma forma de conectar todo o mundo sem qualquer política ou preconceito.
Como você definiria nosso cenário eletrônico atual?
A música eletrônica em geral se tornou mainstream em todo o mundo e a batida brasileira faz parte dela. A combinação da bateria com a percussão brasileira e com a batida eletrônica é natural, e todos nós precisamos continuar tentando fazer essas conexões entre a velha música tradicional e os novos sons. É assim que você cria novos gêneros musicais.
Você tem ideia de ousar por novos estilos adaptando a sua identidade?
Sempre! A música não tem regras… tudo que eu achar interessante para mim estará no meu set!!!
Estamos quase no final e deixamos este espaço para vocês mandarem uma mensagem aos seus fãs sobre o retorno dos eventos. E o que você espera desse retorno?
Eu sinto falta de vocês! Tenho saudades da praia, tenho saudades das pessoas e mal posso esperar para voltar ao Brasil! Prometo que a 1ª festa será inesquecível!
Sobre seus projetos futuros, há algo que você possa nos dizer com antecedência?
Estou fazendo um novo projeto com Itay Kalderon (JETFIRE). Estamos levando o show ao vivo para o próximo nível!! Fiquem atentos!! Está chegando…