DJ, produtor de conteúdo, fomentador da cena underground, um verdadeiro entusiasta da música eletrônica.
Bruno Rezende é natural de Sorocaba. Em 2012, começou a frequentar o universo underground e rapidamente teve a iniciativa de gerar conteúdos que contribuíssem com o fomento dessa subcultura no BR. Ele nos contou um pouco sobre as suas experiências nesse universo, falamos principalmente sobre a criação e atual momento do seu canal de Podcasts, o Tracks Insanas, que é hoje um dos canais mais ativos do país e que aniversariou no mês de Julho.
"temos que parar de nos concentrar num nicho de artistas e dar oportunidade para todos que fazem um excelente trabalho."
Olá Bruno, como vai? Primeiro queremos agradecê-lo por nos ceder essa entrevista. Você se envolveu com diferentes projetos na música principalmente na sua cidade, Sorocaba. Toda essa movimentação mostra uma vontade de fazer algo acontecer, qual é esse objetivo?
A ideia sempre foi tentar passar o máximo de conteúdo nas vertentes do Techno, seja através de um evento ou com o trabalho no Tracks Insanas. Hoje o meu objetivo é consolidar o Tracks Insanas, tanto nacionalmente quanto internacionalmente, mantendo o conceito de dar espaço para todos os artistas, seja através da gravadora, dos podcasts ou de um determinado evento. Penso que essa abertura é o que falta na cena nacional, temos que parar de nos concentrar num nicho de artistas e dar oportunidade para todos que fazem um excelente trabalho.
Quais são suas grandes influências musicais?
As minhas principais influências atualmente são artistas que trabalham com um BPM mais alto, variando do Acid, Hard, Industrial e Rave. Não fico fixo em um ou outro artista, então todos esses são referências para mim.
“O que no início era para ser só um grupo de Facebook que criei para postagem de conteúdo, se tornou um dos canais mais ativos e respeitados da América Do Sul quando se fala de techno underground.” – NERAZ.
Como surgiu o Tracks Insanas?
O Tracks Insanas surgiu em 2015 como um grupo de Facebook que tinha como ideia postar tudo o que vinha acontecendo na cena nacional e internacional, com a abertura para todos os conteúdos da música eletrônica. Ao passar dos anos, tivemos várias mudanças, a criação foi totalmente espontânea, não planejei nada e tudo foi acontecendo naturalmente. O que no início era para ser só um grupo de Facebook que criei para postagem de conteúdo, se tornou um dos canais mais ativos e respeitados da América Do Sul quando se fala de techno underground.
Conte como é o processo de curadoria do podcast?
Basicamente, o processo de curadoria do podcast consiste em dar abertura pro artista mostrar o seu trabalho, seja ele conhecido ou não, de todas as nacionalidades, estando dentro da nossa proposta. Ultimamente, estou lançando de acordo com a ordem de chegada do material dos artistas pela grande demanda que tenho com os podcasts.
Ao realizar a curadoria, quais são seus critérios?
O principal e mais importante critério é a linha de som corresponder com a nossa ideologia, além do set estar numa qualidade de gravação boa, pedimos sempre a biografia e a foto do artista para podermos apresentá-lo através da foto de capa e da descrição do podcast.
Neste mês de Julho, o Tracks Insanas comemorou 7 anos, e para prestigiar essa data você lançou um V.A. (Various Artists). Fale sobre esse material (Como foi a escolha dos artistas e todo o processo de criação).
A escolha dos artistas foi basicamente relacionada aos podcasts, já que a maioria dos nomes que vou lançar no V.A. já trabalharam conosco. Desde o ano passado, eu vinha pensando sobre esse lançamento, fui moldando as ideias e com o apoio de algumas pessoas próximas, fui criando de acordo com a nossa proposta musical, já que é uma forma de comemoração aos nossos 7 anos.
O que você espera conseguir com a realização desse V.A.? Tem alguma meta, ou é só uma maneira de comemorar os 7 anos do canal?
Espero cada vez mais que o Tracks Insanas fique conhecido como uma gravadora que faz um trabalho profissional e que sempre estaremos abertos aos artistas, mostrando que no Brasil também existem pessoas tentando fazer algo diferente pela cena nacional e internacional.
Você pode nos contar um pouco sobre alguns dos artistas que irão participar do V.A.?
Esse V.A. conta com 13 artistas, sendo 5 deles artistas nacionais que vem fazendo um grande trabalho na cena nacional. Kreuz, Lucas Martins, Matheus Rocha, SZG, DOSTROIC e Wendell Lopes são os nomes nacionais que estão com a gente nesse lançamento. Também, já lançamos o álbum do duo DOSTROIC e do artista Vilella.
O Tracks Insanas é hoje um dos canais que mais lança podcast no Brasil certo? Você tem alguma dica para canais que querem crescer?
Ser constante nos lançamentos e dar espaço para todo artista que está procurando mostrar o seu trabalho dentro da sua proposta, sendo ele conhecido ou não.
E o seu projeto com DJ, quais os planos para o futuro?
O meu projeto de DJ no momento está pausado. Nesses últimos anos, passei por diversos processos de mudança desde quando comecei a tocar e a ideia é voltar com uma nova proposta de som que venho absorvendo e estudando junto com os eventos do Tracks Insanas.
