Desde que começou sua carreira como DJ em 2011, Tatah Toscano tem se destacado no cenário musical brasileiro. Com uma trajetória de 13 anos, ela vivenciou inúmeras transformações no mercado, sempre se adaptando e inovando para se manter atualizada. Conhecida por sua habilidade em ler a pista e misturar clássicos com as novidades mais recentes, Tatah conquistou um espaço significativo na cena musical.
Nesta entrevista, Tatah compartilha conosco suas experiências e desafios ao longo dos anos, revela suas maiores inspirações e fala sobre como a música pode tocar e inspirar pessoas de diferentes maneiras. Ela também nos conta sobre momentos marcantes de sua carreira, como tocar para milhares de pessoas na festa Chá da Alice e sua participação especial no programa TV Xuxa, da nossa eterna rainha dos baixinhos.
Além disso, ela discute a importância do gosto pessoal na discotecagem, a preparação para grandes eventos, e a necessidade de transitar entre diferentes gêneros musicais. Ela também aborda as dificuldades enfrentadas por DJs e os fatores essenciais para consolidar uma carreira de sucesso. Por fim, Toscano nos revela seus planos para o futuro. Acompanhe essa super entrevista e conheça mais a trajetória inspiradora da DJ Tatah Toscano, mais um DESTAQUE Colors DJ.
Você começou a sua carreira como DJ em 2011. Como tem sido essa jornada de mais de uma década no mercado da música? Quais foram os maiores desafios e conquistas ao longo desse tempo?
Em 2010, eu frequentava a festa BOHO. Ela acontecia num bar em Botafogo, à beira da Baía de Guanabara. Super frequentada por artistas e atores na época. Eu conheci essa festa, porque meus amigos que são atores iam e eu também sou atriz e cineasta, além de DJ. Nesta época eu fazia Faculdade de Cinema e havia deixado de fazer uma matéria na grade pra poder pagar um curso de DJ, mas eu nunca tive coragem de tocar, até que de tanto frequentar essa festa, percebi que o som que eu gostava de ouvir poderia ser feito por mim lá. (Pensei “Quem sabe!?”). Foi então que eu tive coragem, cheguei em uma das produtoras da festa, Ana Terra Palha e disse: “Ana Terra, em fevereiro é meu aniversário, tem festa?” e ela me respondeu que no dia 26 teria uma edição. Prontamente eu disse: “Não acredito! É o dia do meu aniversário, você me deixaria abrir a festa? Não precisa de cachê, nem por meu nome no flyer. ( por que se eu desistisse, não ia ter problema) rs …eu só quero comemorar meu aniversário e tocar pros meus amigos. Você topa me deixar tocar?”
Foi então que no dia 26 de Fevereiro de 2011, eu toquei pela primeira vez numa festa, sendo assim, todo dia 26 de Fevereiro é meu aniversário e também como DJ.
Daí depois desse dia, eles chamaram de novo e de novo. Quando eu vi, alguns meses depois eu já tinha virado DJ, ganhando cachê e já estava tocando numa festa no Vivo Rio (Chá da Alice) para 5 mil pessoas. Desde então são 13 anos de pista.
Na sua opinião, como a música pode ser usada para inspirar as pessoas?
Como eu disse anteriormente, a música inspira no “toque” – Se um jovem de 20 anos não escuta Madonna na sua lista do app, mas ouvia sua mãe cantando Madonna, aquela música vai levar ele a um lugar de afeto, mesmo que a música não fale sobre amor, o amor está no que ele viveu enquanto ouvia aquilo. Uma espécie de teletransporte de sentimentos. A música faz companhia, é uma espécie de reza, oração, ritual.
Como surgiu o convite para tocar no Chá da Alice? Qual foi a sensação de tocar para 5 mil pessoas pela primeira vez?
Eu tocava em alguns eventos que o Pablo Falcão frequentava, uma noite dessas ele me chamou pra tocar no Chá. Eu aceitei, mas não tinha noção do quão grande seria esse momento. Tocamos numa GRUA de cinema, “sobrevoando” o público, eu confesso que eu morri de medo da altura, e só me dei conta do que estava acontecendo quando vi todo mundo cantando junto na época uma música que virou um identidade pra mim “Dog days are over”. Foi uma festa linda! Inesquecível!
Você também teve a oportunidade de participar do Programa TV Xuxa como DJ convidada. Como surgiu esse convite? Qual foi a sensação de tocar num programa de TV e ainda de uma ícone de toda uma geração? Você teve oportunidade de conversar e conhecer a Xuxa nos bastidores?
Eu estava em casa de bobeira, quando meu telefone tocou e era um produtor do programa me convidando. Eu amei o convite, achei inacreditável e sinceramente, achei que não fosse dar em nada (risos). Mas até que ligaram novamente marcando data, hora etc. Eu fiquei num misto de ansiedade e felicidade. Só acreditei quando cheguei lá. Me levaram até o camarim da Xuxa e ela disse “Oi Tatah, td bem com você?” Eu respondi, “tudo bem, Xu (íntima)! Mas estou muito nervosa”. Ela foi super carinhosa e disse pra eu relaxar que era super tranquila a gravação, e tal. E na hora de ir embora nos falamos novamente e ela sempre muito querida comigo.
Até que ponto o gosto pessoal do DJ pode interferir na discotecagem?
Acho que MUITO! É daí que surge a identidade musical do DJ, por tudo que ele ouve e já ouviu, daí com tempo a gente vai testando coisas novas e até antigas no set pra ver o que funciona para cada tipo de público.
Você já tocou em line ups de shows como o de Fernanda Abreu, Anitta, Preta Gil, Valesca Popozuda, entre outros artistas. Você sente que tocar em lugares onde há atrações de grandes artistas é mais desafiador?
Eu acho que todo evento é desafiador e eu fico ansiosa até hoje em todos eles, seja uma casa pequena ou um show enorme com uma grande atração. É claro que quando você vai abrir ou fechar um show de um artista que admira a ansiedade é bem maior.
Como você se prepara para esses grandes eventos?
Eu sempre levo tudo o que tenho. Tudo mesmo! Se você abrir meu HD, tem de Sidney Magal a Bruno Mars. Eu chego sempre horas antes, passeio pela galera pra ver que estilo de público está na pista.
Você começou como Open Format, foi para o pop e retornou para o open format. Por que essas transições?
Eu comecei a fazer o que eu queria ouvir na pista, fui pro POP porque o pop virou tendência mundial entre os anos 2010 a 2015. Hoje em dia, chama tudo de pop, porque é “popular” e como eu toco para públicos diferentes, de idade a gênero, eu sinto a necessidade de agradar todo mundo que está na pista, então o Open Format faz isso perfeitamente.
Você acha que para um DJ profissional, é necessário transitar entre os gêneros musicais?
Eu acho que o ideal seria todos conhecerem de tudo um pouco, mas se especializar em uma ou duas vertentes, estudar aquilo que gosta com mais foco. E nem sempre um DJ de um estilo ama aquele estilo, mas o mercado meio que obrigada a ele vender o produto que é mais consumido.
Na sua opinião, quais são as maiores dificuldades encontradas para um DJ?
Várias! (risos) Em primeiro lugar furar a bolha. Entre outras, ser visto como artista, ser mais valorizado mesmo. Se um line up tem 4 Djs, eu vejo os 4 Djs como atrações importantes. Até porque se um faltar ou não der conta, tudo desanda.
E quais são os fatores que consolidam a carreira de um DJ?
Disciplina em tudo o que faz. Horários, organização, feeling de pista, networking. E principalmente, não parar de estudar. Se atualizar, ouvir rádio, ouvir apps de música, estudar programas novos, treinar e praticar.
Quais os planos da DJ Tatah Toscano para o futuro?
Eu tenho planos que na verdade é um mix de metas com o sonho de tocar fora do Brasil em breve.
Oulça agora mesmo a diversicidade sonora do nosso DESTAQUE, DJ Tatah Toscano, acessando aqui.
Repórter: Pedro Campos.