Com paixão pela música e visão inovadora, o nosso DJ DESTAQUE é uma força na cena tribal house, conquistando públicos e inspirando novas gerações no Brasil e no exterior
DJ Marthan, nosso DJ DESTAQUE, transformou a paixão pela música em uma trajetória inspiradora. Das festas temáticas da infância aos palcos internacionais, ele prova que a arte de inovar é sua marca registrada. Hoje, com uma visão autêntica, ele lidera a cena tribal house e conecta gerações.
Nesta entrevista exclusiva, o DJ compartilha sua jornada, desde as primeiras influências musicais até tocar para públicos internacionais. Com histórias marcantes, ele revela os bastidores da carreira, os momentos inesquecíveis e os projetos que moldaram seu som único. Aperte o play e descubra o que faz de Marthan uma referência na cena eletrônica!
Qual foi o primeiro momento em que você percebeu que a música tinha um papel especial na sua vida? Como sua família influenciou esse amor pela música?
Ah, sem dúvida foram nos momentos mais festivos como aniversários, festas de Natal e Réveillon. Minha família sempre foi festeira, e desde o meu primeiro aniversário, meus pais faziam festas temáticas todos os anos, desde filmes da Disney e muito mais. Sempre com o som no máximo. Não tive como escapar. O amor pela música foi crescendo comigo desde muito cedo. Minha família sempre foi bem eclética e nunca se prendeu a um único estilo musical. Então, eu tinha total liberdade para explorar o que quisesse ouvir. Claro, com toda a educação e valores familiares que recebi, sempre soube fazer boas escolhas, absorvendo o que me fazia bem.
Quais eram suas influências musicais na infância e como elas evoluíram na adolescência? Teve algum momento que marcou sua paixão pelo eletrônico?
Na minha infância, a Xuxa dominava. Ela era uma febre, e o disco “Xou da Xuxa” não faltava nas minhas primeiras festas de aniversário. Mais tarde, na adolescência, comecei a ouvir um pouco de tudo e claro o eletrônico. Já na adolescência, eu me sentia como se fosse um DJ. Havia um programa numa famosa e grande rádio na época chamado Turbulência, e eu não perdia um episódio. Como eu era menor de idade e não podia frequentar baladas, o carro era o meu refúgio. Com o som no máximo, eu me imaginava numa pista de dança como um DJ, tocando aquelas músicas para o meu público. Esses momentos só intensificaram meu desejo pela música e me deram a certeza do que eu queria ser.
Quando você decidiu que a música seria mais que um hobby? Como foi o início da sua carreira como DJ?
Em 2015, comecei aulas com Alex Lisboa, tudo às escondidas, e as coisas fluíram de um jeito que o sonho se tornou realidade. Minha carreira começou no Rio de Janeiro, três anos depois que comecei a produzir eventos. A estreia oficial foi numa festa de aniversário minha, em setembro daquele mesmo ano. Foi incrível, surpreendi todo mundo e ver a reação de todos foi inesquecível.
“Dia que eu estreei como DJ fazendo b2b com o DJ Amílcar.”
Como foi a reação do público nas suas primeiras apresentações?
Eu peguei todo mundo de surpresa, porque ninguém esperava que o produtor do evento iria também ser o DJ. Na época, isso era raro. Quase não havia produtores de eventos que também fossem DJs. Hoje é bem mais comum e isso tudo graças à tecnologia.
Teve algum momento ou show que marcou sua carreira?
Teve sim e sem dúvidas, foi tocar em outros países. Essa experiência me deu uma bagagem cultural e musical incrível. Com sons e ritmos que expandiram minha visão sobre a música. Uma das experiências mais marcantes foi tocar na pré-party do Circuit Festival Barcelona, organizada pelo grupo Matinée. Foi uma oportunidade única de me apresentar para um público tão diverso e apaixonado pela música, o que reforçou ainda mais o poder transformador da música no cenário internacional.
Como foi receber o convite para tocar em um dos eventos da produtora Rosane Amaral? O que essa oportunidade significou para você?
Foi um sonho realizado. Apresentar-me nos eventos dela era um grande objetivo como DJ naquela época. Esse convite confirmou que eu tinha potencial, deu-me ainda mais confiança e provou que eu cheguei lá por mérito próprio.
Como você desenvolveu seu estilo único? O que você acredita que te diferencia na cena eletrônica?
Quando comecei a frequentar festas em São Paulo, aos 18 anos, fiquei fascinado pelo som de DJs como Amílcar, Fábio Marx, Alberto Ponzo, Alessandro Kalero. Eu ficava no front, grudado até eles terminarem o set. Foi ali que comecei a criar o meu estilo, pegando referências e moldando o som em que acredito. Eu sempre busco o diferencial, tocando algo que o público ainda não ouviu ou que outros DJs não se arriscaram a tocar.
Como você enxerga sua contribuição para a cena eletrônica e o que o motiva a ajudar novos talentos?
Eu sou muito grato pela primeira oportunidade que tive. E, hoje, sinto uma realização enorme em poder ajudar quem ainda não teve uma chance. Isso ainda tem um peso maior para mim sendo produtor de um dos afters mais conhecidos do Brasil e mundo, que é o Flórida. Assim, fortalecemos a cena, que ainda merece mais reconhecimento.
Como você vê a evolução da cena eletrônica no Brasil nos últimos anos? O que mudou?
A cena eletrônica no Brasil evoluiu muito. A tecnologia, novas festas, o surgimento de clubes, e a popularização de artistas e da produção musical democratizaram o cenário, permitindo que mais talentos surjam e ganhem espaço.
Quais projetos te empolgam atualmente? Como você imagina sua carreira nos próximos anos?
Quero realizar eventos em locais abertos, como o projeto “Turbulência Party”. Meus sets de Turbulência me levaram a tocar em vários lugares, inclusive fora do país. Mesmo agora com menos tempo, estou trazendo o conceito para festas com o mesmo nome. Espero encontrar mais equilíbrio entre minha vida de produtor e DJ e ter tempo para meu lazer. Meu propósito é elevar a nossa cena e deixar uma contribuição significativa para o futuro.
Para finalizarmos a nossa entrevista, qual o legado você deseja deixar para a cena tribal house?
Quero ser lembrado como um DJ que abriu portas para outros talentos e que, além de conquistar palcos, ajudou a construir uma cena sólida. Meu objetivo é continuar promovendo a cena tribal house e inspirando novos DJs a encontrarem o seu espaço. Quero que minhas apresentações e produções inspirem futuras gerações, mostrando que o sucesso vem sem perder nossa essência.
DJ Fernanda Rodrigues
Repórter Colors DJ
Edição de Texto: Orly Fernandes e Dih Aganetti