“Como é tocar fora do país?”
“Qual a vibe da galera?”
“É igual ao Brasil?” “Melhor?”
“Você toca a mesma música que toca aqui!”
Essas são algumas perguntas que recebo frequentemente e hoje, além de contar um pouco sobre minhas experiências tocando fora do Brasil, terei o prazer de receber dois grandes DJs Internacionais, que nos ajudarão a entender um pouquinho mais desse universo que é essa profissão.
Nosso primeiro convidado é o DJ e produtor Jerac. Colombiano, com 10 anos de carreira, um dos nomes da nova geração e atualmente o artista de maior destaque internacional da cena Tribal no seu país, com apresentações em 7 países, em importantes festivais como Carioca The Week (Brasil), We Party (Arena México), Alegria (NYC), Matrix (Espanha), Winter Party (Miami), entre outros clubes e festas.
O que um DJ necessita para estar preparado para uma gig internacional?
Penso que para tocar em outro país é necessário ter muita experiência na indústria musical, feeling de pista e versatilidade. Não é fácil chegar a um país desconhecido onde não conheces o público e seu gosto musical.
Qual o maior desafio ao tocar para um público desconhecido?
Conquistar o público e lograr que te convidem para uma próxima apresentação. Após esse objetivo, estarás seguro que conseguiu tudo.
Qual estilo de música você toca em suas apresentações? Você toca somente Tribal?
Eu gosto muito de Tribal House, mas também gosto de misturar um pouco de Circuit, tudo depende da ocasião.
Como é tocar no Brasil?
É necessário estar muito preparado, Brasil não é um país fácil de tocar. Tem um público muito exigente e fiel ao seu gosto musical, um dos melhores públicos do mundo que se destaca por sua energia, paixão e entrega pela música.
Nosso segundo convidado é o DJ e Produtor Oscar Velasquez. Com uma carreira de 36 anos ao redor de 45 países, sem sombra de dúvidas, é o principal da cena no México e um dos mais conhecidos e respeitados nomes da cena mundial.
O que um DJ necessita para estar preparado para uma gig internacional?
Algo muito simples: Fazer música! Se buscamos que nosso trabalho seja reconhecido mundialmente, a única maneira de lograr isso é através da música. Claro que não é tão fácil, o mais difícil é adquirir um estilo próprio que possa te identificar dos demais, uma identidade musical.
Qual o maior desafio ao tocar para um público desconhecido?
Cumprir com o que o público espera. Um artista deve chegar a um nível de qualidade com muito respeito à música que está fazendo, ao trabalho que está desempenhando.
Qual estilo de música você toca em suas apresentações? Você toca somente tribal?
Não, é exatamente disso que falei em uma das perguntas anteriores, “identidade musical”, e minha marca é tocar diferente estilos musicais, que vão desde o tribal house que conhecemos, passando por algo de tech house, house, dance music e, inclusive, techno. Sempre baseei meus sets na ampla diversidade da música que pode oferecer diferentes armas para um set.
Como é tocar no Brasil?
Amo tocar no Brasil. Desde minha primeira vez, em 2009, me encantou a energia e a paixão “de la galera” Brasileira. Brasil sempre me recebe com muito amor!
Voltei galera, e estou muito feliz e honrado com essas duas entrevistas concedidas por esses profissionais que tenho um carinho e admiração gigante, obrigado Jerac e Oscar!
Nesses 7 anos como DJ, onde tive a oportunidade de tocar em 12 países, posso afirmar que o grande desafio ao tocar para um público distinto é conectar-se com a pista, é sentir a energia das pessoas ali presentes e transformar isso em música, preservando sempre aquilo que acreditamos sem perder a nossa essência e identidade musical.
Essa é a grande magia da nossa profissão! Em cada país existe uma cultura diferente, e as surpresas que podemos preparar no set sempre variam. Claro que a música é universal e existem tracks que serão sucesso em qualquer pista do mundo, porém é sempre bom se atentar e estudar um pouco a cultura do país, chegar cedo no clube pra ouvir o DJ residente, filtrar o máximo de informações e entender melhor a pista!
E você? Quando vai a um Clube escutar um DJ internacional, o que você espera?