Fotógrafo Carlos Costa @carloscostastudio Estúdio - 03 de setembro de 2020 DJ Ruan Antonio @djruanantonio Make Luiz Villacorta @luizvillacortabeauty

REVELAÇÃO | RUAN ANTONIO: Da produção as cabines

Com apenas 24 anos, nossa revelação desta edição já carrega uma bagagem de produção de festas, produção musical e alguns clubes de peso em seu currículo.

“Eu sempre fui ligado à música, minha primeira memória de ouvir música eletrônica foi com meu pai viajando de carro, ouvíamos muito eurodance e os lendários Summer Eletro Hits que são minhas referências até hoje.”

Ruan Antonio

Ruan Antonio iniciou sua carreira em 2014 em Maringá, tocando muito Pop, Eletropop, Trap e House. Em 2018, foi convidado a trabalhar com produção em Campo Grande onde desenvolveu mais sua vontade de se aprofundar e tocar “Tribal”.

Vamos descobrir como foi essa transição do Pop ao Tribal e como a produção de festas e a produção musical influenciam no som de Ruan:

Após anos tocando pop, em que momento você decidiu mudar sua vertente e investir na sua carreira tocando Tribal House?

Então, meus sets sempre foram bem misturados, do Pop ao Tribal, mas algo mais leve e com mais vocais, porém, foram se passando os anos e foi acontecendo naturalmente. Já tinham festas que quando viajava eu só tocava Tribal com um pouco de EDM que é o mais comercial, mas a chave virou quando eu produzia festas e comecei a estudar mais o universo da música eletrônica, foi aí que me apaixonei e resolvi investir 100% no Tribal. 

“Eu acredito que hoje em dia ser DJ além de levar música de qualidade para pista tem que ter a nossa interação com o público, performance e técnica”  – Ruan Antonio.

Verdant Curitiba

Ser DJ hoje não é apenas tocar, mas apresentar um diferencial nas cabines. Como você cativa as suas pistas?

Como disse, DJ não é apenas tocar, eu acredito que hoje em dia ser DJ, além de levar música de qualidade para a pista, tem que ter a nossa interação com o público, performance e técnica, o diferencial é ser transparente com meu público e entregar toda minha essência, energia e alegria. Isso é uma questão de feeling, às vezes idealizo um set que quero levar, mas quando chego no evento, sinto uma energia diferente e sigo meu instinto e vejo como a pista responde. Tenho prazer em ver as pessoas alegres, se divertindo e, claro, sempre me divertindo muito com o público, essa é a troca que eu tenho com quem está assistindo meu show. 

Você acredita que seu conhecimento em produção de festas influencia no seu trabalho como DJ?

Sem dúvidas, até para a parte de contratações. Quando eu cuidava da minha carreira sozinho isso me ajudou muito, sobre noção de valores e fechar contratos, hoje em dia eu tenho um agente, então ele cuida disso, mas quando eu era sozinho isso tinha um peso maior. E na produção do evento você consegue enxergar tudo mais amplo, desde luz, LED, até mesmo o próprio som, eu digo que a produção de festas me trouxe uma experiência absurda para eu pegar todo tipo de pista e ter feeling sobre o que meu público quer ouvir. 

Como foi sair das pistas de Campo Grande e ter a oportunidade de tocar em uma grande casa no Rio de Janeiro? 

Confesso que foi difícil, eu já estava no Tribal, já tinha parado com o Pop, eis que surge o convite de tocar pop na WALLPAPER na THE WEEK RIO. Pensei muito, porque seria dar um passo para trás, mas como diz aquele ditado: a gente dá um passo pra trás para dar dois pra frente. E foi isso que aconteceu, eu virei residente da Wallpaper, a única festa que eu me dispus a tocar pop para um dia ter a oportunidade de tocar no tão sonhado pistão. Aconteceu muito rápido, cheguei no Rio em setembro de 2019 e no carnaval de 2020, no dia 25 de fevereiro, tive a honra de fazer um Long Set de 04h30 no pistão de muito tribal. Eu saí daquela cabine tão renovado, vivo e com a sensação de dever cumprido. O que eu fico chocado quando lembro é que eu não tive nenhum nervosismo ou ansiedade, eu me senti pronto pra estar lá, o universo já tinha preparado meu psicológico para eu pegar uma pista com 1.500 pessoas, só quis dar meu melhor e foi incrivelmente maravilhoso.

The Week Rio

“Mesmo quem não quer produzir, estudem teoria musical, escala tonal, porque isso vai facilitar muito na hora de fazer uma mixagem perfeita”

Ruan Antonio

Como você vê a sua música antes e depois do curso de produção musical e o que faz para inovar nos seus sets?

Nossa, isso foi um divisor de águas, hoje em dia minha mixagem e técnica é totalmente diferente, meu ouvido ficou mais aguçado, eu tive que estudar muita teoria musical então isso na hora de montar um set ou apresentação fica tudo mais harmônico, como eu disse você ter noção de teoria musical te ajuda muito a deixar tudo redondinho e perfeito. Uma dica que eu dou para todo mundo, mesmo quem não quer produzir, estudem teoria musical, escala tonal, porque isso vai facilitar muito na hora de fazer uma mixagem perfeita. 

Em meio a falta de previsão do retorno do setor de festas e eventos, o que você tem em mente para sua carreira?

Eu sempre penso positivo e que tudo vai voltar o mais rápido possível, mas enquanto isso não acontece, eu tenho produzido algumas coisas, mas não para lançamento, pelo menos por enquanto. Tenho dois projetos de digital show que vamos pôr em prática até agosto, e fazendo as coisas conforme for possível, mas é isso estou estudando música, produzindo e criando projetos para quando tudo isso acabar eu estar com tudo engatilhado. 

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Último set 2021

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