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REVELAÇÃO | Giovanipa: A Drag do Led

Eis que a tal Drag do Led, que frequentava as noites com seus amigos, sendo “tiete” de vários DJs consagrados da cena tribal house brasileira, já chamava bastante atenção e formava a sua fanbase, para só perceber, que deveria ser aquilo que ela tanto amava ver em cima dos palcos – diante das pick-ups, fazendo então o seu próprio show como DJ Giovanipa.

Apresentamos como revelação desta edição, representando o tribal house, Giovani Gomes Pinto, 27 anos, diretamente de Pouso Alegre – MG. Ele que criou a sua drag para brilhar literalmente nas baladas com seus amigos, e que hoje vocês conhecerão um pouco mais de sua história nessa entrevista mega especial. 

Confira agora o que a Drag e DJ Giovanipa nos conta sobre a sua trajetória de drag a deejay, suas influências e inspirações e tudo o que podemos esperar para o pós-pandemia.

Na maioria das vezes, o contato com a música nas fases iniciais da vida acaba influenciando muito no desejo real de se tornar um DJ. O que você curtia ouvir antes de se tornar uma Drag e DJ? Quem eram seus ídolos?

Eu sempre gostei de vários estilos musicais, ouvia de tudo, sempre fui muito eclético e antenado aos principais lançamentos, tanto nacionais quanto internacionais.

Meus principais ídolos eram: Madonna, Britney Spears, Lady Gaga e Katy Perry.

Fale sobre a época em que você começou a curtir a cena eletrônica.

Sempre fui muito ligado à música eletrônica, ouvia muito house, techno, entre outras vertentes. Comecei a frequentar a casa noturna “The Week” em maio de 2019, onde comecei a conhecer melhor o Tribal House e passei a me encantar com as batidas, elementos, percussões e a energia das músicas.

Em meio a festas e festivais no qual frequentava estava sempre com os ouvidos aguçados, para sentir e perceber tudo o que estava acontecendo ao meu redor.

Foto Divulgação

E como nasceu a sua Drag?

Minha “drag” nasceu em meados do ano de 2016. Tudo começou através de uma brincadeira – fui com alguns amigos para uma casa noturna e me montei pela primeira vez, tive o apoio do meu marido, que também se transforma. A partir daí comecei a pegar várias referências das divas do pop, e comecei a aprimorar os meus conhecimentos na criação de looks e temáticas diferenciadas para a minha personagem. O selo Giovanipa veio em 2020, em meio a pandemia, onde criei essa identidade para a minha personagem DJ Drag.

Quais são as suas referências de DJs brasileiros e gringos?

Minha principal referência de DJ brasileiro da cena eletrônica do tribal house atual é a DJ Cacá Werneck, já minhas referências internacionais vêm de Yinon Yahel, Mor Avrahami e Offer Nissim.

Sabemos o quanto a DJ Cacá Werneck te incentivou tanto como artista como no start de sua própria carreira como DJ profissional, o que te fez até participar de um dos videoclipes da DJ. Fale um pouco pra gente da importância dessa amizade em sua vida.

Ela é a minha maior referência profissional, tive muito o apoio dela para a minha construção. Em 2019, fui convidado a participar do videoclipe “Que vibe é essa“. Foi um prazer enorme fazer parte deste projeto, ainda mais, sendo de uma artista que sempre admirei e respeitei muito.

Conte sobre quando você percebeu que deveria mesmo se tornar um DJ profissional (conte a história que o levou a isso)?

No dia 01 de janeiro de 2020, estava em uma das festas da The Week, quando tive a percepção que o talento que tenho poderia ser maior do qual estava vivendo naquele momento, me veio a ideia de unir a música mais minha arte de transformação,  com a certeza de poder levar todo o encanto para as noites e impressionar o público, já que fui sempre vista como a “Drag do Led”, pelos meus looks ousados, bem elaborados e feitos especialmente para cada ocasião, iniciei meu aprendizado na escola DJ Class com o mestre Vlad, que me apoiou muito nesse início também.

Você fez curso de produção com um dos ícones da cena tribal house brasileira, fale sobre isso e se pretende seguir a carreira como DJ Set ou como produtor e DJ set.

Minha jornada na produção musical se iniciou com o DJ VMC, em meio a pandemia. Foi um grande aprendizado e evolução para minha carreira de DJ, pois me deu a liberdade de produzir tudo o que eu tenho em mente – já desenvolvi alguns projetos e tenho vontade de produzir uma track autoral, são projetos futuros. Costumo dizer e pensar que tudo tem o momento certo para a ação. Hoje, além da produção, tenho outros objetivos que tento conciliar. O curso de produção musical me ajudou muito a entender a fundo, toda a construção da música, teoria musical, entender e respeitar as notas musicais, além de identificar a qualidade antes mesmo de levar para a pista.

Foto Divulgação

Você deu um belo exemplo de como se jogar real nas lives com tudo o que você poderia entregar durante a pandemia. Fale sobre isso.

As lives foram a minha maior escola de aprendizado, foi onde eu me joguei e mostrei um pouco do meu talento através das produções que montei na minha sala. A cada quinze dias eu montava uma produção diferente, sempre impecável, focado em cada detalhe, e sempre fui muito exigente na entrega do meu trabalho. Conquistei muitos fãs e ganhei vários seguidores, chamei a atenção para produtores de eventos que me convidaram a fazer lives em seus perfis do Instagram. Logo fui ganhando notoriedade e tive a oportunidade de fazer minha primeira live internacional, transmitida em uma página de Santiago/Chile.

Para manter sua imagem e o público reconhecendo sua identidade através da música, além das lives, o jeito foi lançar sets. Como foi o seu processo criativo para lançar seus sets?

Durante esse início de pandemia fiquei muito focado em pesquisas musicais, além de buscar e conhecer diversos produtores, justamente para poder entender qual caminho iria seguir, buscando uma sonoridade musical que eu me identificasse. A partir do lançamento do meu primeiro set em diante, procurei adicionar músicas que marcaram as noites das festas e clubs, sempre com músicas fortes, para que todos pudessem sentir aquela “vibe” incrível que estávamos acostumados.

O que podemos esperar da Giovanipa no pós pandemia?

Vem muitas surpresas por aí! Eu sempre falo que quero surpreender o público em minhas apresentações, quero que todos vão para assistir um espetáculo. Quem já me conhece da noite sabe o quanto sou dedicado em minhas produções, e agora a Giovanipa vai vir com tudo!

Foto Divulgação

Confira o top 10 de músicas mais ouvidas pela Giovanipa durante a pandemia:

1 – “Physical” – Dua Lipa

2 – “Hallucinate” – Dua Lipa

3 – “Rain on me” – Lady Gaga

4 – “Paparazzi” – Lady Gaga

5 – “Bandida” – Pabllo Vittar Feat Pocah

6 – “Brisa” – Iza

7 – “Oops! … I Did it again” – Britney Spears

8 – “Run the World” – Beyonce

9 – “Just like fire” – Pink

10 – “Me Gusta” –  Anitta Feat Card B & Mike Towers

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