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MATÉRIA | Nordeste rumo ao topo!

A visibilidade cada vez maior que a região vem exportando talentos e sediando grandes eventos

Não há dúvidas de que o Nordeste brasileiro vem ganhando cada vez mais visibilidade no Brasil e no mundo. Com suas praias belíssimas, tempero inconfundível e um clima que, assim como seu povo, é caloroso!

É claro que na música não seria diferente: na região onde nasceu o forró, DJs nordestinos estão se destacando e ganhando o mundo.

Camila Soares, rosto do projeto Carbon C, é um exemplo disso. A DJ paraibana com 5 anos de carreira saiu do Nordeste para tentar seu espaço fora do país e tocou em grandes eventos em Portugal e na Espanha.

“Senti um grande orgulho por realizar o sonho de sair do país e alcançar tudo que consegui. Lá fora estamos sozinhos e num novo mundo, mas com muita fé em mim fui em busca de expandir meu networking para conseguir entrar nos line ups. Não perdia uma festa, pois sempre seria uma oportunidade de conhecer alguém da cena eletrônica, afinal networking te ajuda bastante com isso. Mostrou pra mim como acreditar em mim, no meu trabalho, independentemente do que os outros vão pensar, tem seu diferencial. Isso pode te levar a tocar em lugares que você nunca imaginou. Tudo é possível!”

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Camila Soares tocando com seu projeto Carbon C em Santarém em Portugal

Mas como nem tudo são flores, é necessário falar sobre as dificuldades que a cena eletrônica nordestina enfrenta para ter um crescimento. Vemos poucos DJs do nordeste nas principais gigs do país, além do preconceito que ainda existe, produtores de eventos tem que lidar com a principal dificuldade para fazer a conexão nordeste-sudeste: a logística! Devido a distância entre regiões, essa conexão fica quase impossível para um DJ local, quando muitas vezes o valor da logística é maior que o valor do cachê do profissional.

E assim como um DJ nordestino precisa lutar contra mais esse obstáculo para ter uma maior visibilidade a nível Brasil, produtores de eventos do nordeste também tem muita dificuldade em levar DJs de renome para a região.

“Muitas vezes deixamos de contratar o artista que queríamos por ficar caro demais para determinados eventos, deixando pra uma outra oportunidade, ou seja, como a logística se torna cara pra vim ao nordeste, temos que fazer algumas parcerias com outros estados para que o artista contratado faça uma “mini tour” na cidade e estudando melhor as datas para que o evento seja rentável tanto pro artista, como pra casa, visto que nenhum artista gosta de tocar pra casa vazia!” , relata Eric Furni, DJ e produtor de eventos em João Pessoa. Realizador da LowEnd, festa que já levou a capital paraibana nomes como Hippocoon, Prinsh, Fiorela e Dramaki

Foto divulgação

LowEnd realizada no Empório Café (João Pessoa – PB) com o dj e produtor gaúcho Prinsh.

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