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ENTREVISTA | A experiência que une música e viagem

Em meio a uma crise no turismo, a empresária e DJ Mari Casagrande conseguiu trazer algo que não existia no mercado: viagens de ônibus para destinos incríveis incluindo festas no roteiro.

Mari é engenheira de formação e DJ e empreendedora de coração, uniu seu conhecimento em roteiros turísticos em sua agência de viagens, a Brighton Experience, e com sua experiência em festa, decidiu criar um produto inédito no mercado, uma viagem completa que inclui transporte, hospedagem passeios e festas em barcos.

“Costumamos dizer que somos mais que uma agência de viagens e eventos, somos uma agência de experiências!” Mari Casagrande

Conheça um pouco mais sobre a Mari, a Brighton e a Gran Sunset:

Como é conciliar a carreira de Engenheira, DJ e Empresária?

A engenharia era um sonho antigo, ter uma graduação com esse peso foi muito importante para mim, vindo de uma família que ninguém tem o ensino superior, além de uma satisfação pessoal. Foi um grande orgulho para minha família e foi um curso muito difícil e caro, então foi bem árdua a conclusão. Hoje eu não exerço a profissão porque a empresa não me deixa ter tempo para isso e o empreendedorismo, com certeza, é algo que me dá mais alegria, mas quem sabe um dia. Mesmo não exercendo, o aprendizado foi muito grande e eu aplico muitas coisas na minha empresa. Os desafios de uma empresária me fascinam, pois não é fácil ser empresário no Brasil, aquela coisa de correr risco e de buscar sempre se superar é o que me faz querer ser uma grande empresária. Eu amo criar, executar, eu costumo dizer que depois que me tornei empresária eu não trabalho, pois o amor é tão grande que eu não consigo cansar de trabalhar e eu juro achei que eu nunca iria dizer isso.

O ser DJ eu sigo com muita responsabilidade. Quando se ama a música, conseguir sair e deixar de tocar por um trabalho se torna impossível, então a gente sempre arruma um tempinho para se dedicar mesmo que muitas vezes seja preciso virar a noite, mesmo sabendo que no outro dia a rotina da empresa começa logo cedo, não é fácil, mas quem disse que seria?!Rs

O que me move para levar isso lado a lado com a empresa com certeza é a satisfação de subir ao palco, fazer um trabalho legal e ver o sorriso nas pessoas ali embaixo, isso não tem preço, não tem canseira que não valha a pena, por isso eu sempre costumo dizer: falta de tempo é um questão de vontade. Quando a gente quer, sempre se dá um jeito.

Foto de divulgação.

“…a satisfação de subir ao palco, fazer um trabalho legal e ver o sorriso nas pessoas ali embaixo, isso não tem preço…” Mari Casagrande

Como surgiu a ideia de abrir uma agência de viagens?

Alguns anos atrás, eu trabalhava em uma empresa de engenharia, teve um corte e eu acabei sendo desligada, então surgiu a necessidade de fazer algo. Um amigo parceiro, que já trabalhava no turismo, tinha a ideia de uma agência e eu sempre quis ser empresária (desde criança eu falava para minha mãe que queria ter um negócio), então foi a deixa que precisava e foi onde eu me encontrei como pessoa e profissional. Hoje não estamos mais juntos, mas foi um grande aprendizado ter ele por perto, sou muito grata a todos os ensinamentos, mas chegou um momento da empresa que cada um precisava seguir seu caminho e hoje eu estou à frente da BRIGHTON EXPERIENCE sozinha.

Como surgiu a ideia de migrar a agência para atender o seguimento LGBTQIA+ e como foi a aceitação no mercado?

Na verdade, a ideia inicial sempre foi ter uma agencia LGBTQIA+, tanto que o nome tem tudo a ver: Brighton é uma cidade da Inglaterra com uma grande significância para o público LGBTQIA+.

Mas como ter uma agência de rua totalmente gay ainda é um pouco inviável, então seguimos para uma neutralidade, porém, atualmente com nosso produtos autorais, o que mais trabalhamos é o turismo LGBTQIA+, hoje atendemos famílias heteros amigas de clientes LGBTQIA+, então somos “gay friendly”.

Como é feita a seleção dos destinos? No final de semana os hotéis atendem somente o público da Brighton? Os hotéis são apenas gay friendly ou a comunidade divide o espaço com outros hóspedes?

A seleção dos destinos é sempre feita através de pesquisas. Eu sempre tento atrelar os seguintes pontos: um destino que seja diferente e que aguce o desejo das pessoas, que tenha como aplicar nosso modelo de turismo e que tenha uma custo-benefício bom. Os lugares que fechamos, tanto hotéis, quanto barcos, são exclusivos para nós e, acredite, é muito difícil achar uma locação que aceito o nosso público. Infelizmente ainda existe o preconceito, mas estamos aqui para barrar tudo isso e jamais vamos desistir, mesmo com grandes obstáculos para levar o nosso produto e a nossa alegria aos nossos clientes.

A Brighton faz apenas viagens rodoviárias, existe alguma pretensão de expandir os roteiros incluindo aéreo? Você acredita que é possível manter os mesmos serviços que vocês oferecem no rodoviário, por exemplo, as festas?

A BRIGHTON não faz apenas rodoviários, trabalhamos com todos os destinos, tanto nacional, quanto internacional. Trabalhamos com aéreos, hotelaria, intercâmbio, aluguel de carro e festivais gays pelo mundo todo, inclusive já estive em praticamente todos esses festivais, o que me dá uma vasta experiência para orientar meus clientes. Quanto ao Weekend sem ser em transporte rodoviário, com certeza, está nos planos, mas por enquanto não temos um produto que atrele festas e que seja em transporte aéreo, porém temos um novo produto lançado que vai ser para OUTUBRO que será totalmente LGBTQIA+, mas ligado ao ECOTURISMO; vamos para BONITO-MS, que hoje é grande incentivador do turismo gay no Brasil.

Como surgiu a ideia de transformar viagens em experiências, incluindo festas durante as viagens?

Surgiu da necessidade de trazer algo novo, ter um produto viável e gerar receita para empresa. O rodoviário sempre foi um projeto que pensávamos em trazer para empresa, mas esse formato implantado foi uma criação minha para deixar o produto mais atraente. O nosso produto é algo bem exclusivo e único, não existe no mercado um produto como o nosso. Foi uma criação própria e deu muito certo. Como sou DJ e amante de uma boa viagem, eu atrelei tudo a uma experiência; inicialmente pensamos em um formato, mais ideias foram vindo e fomos aprimorando o formato e hoje se tornou o nosso querido WEEKEND. Em 2021 temos Capitólio, que está esgotado e Búzios que também está esgotado, mas já estamos trabalhando para o próximo, que provavelmente será em novembro em um lugar mega paradisíaco. Em breve vamos soltar esse bafo.

Foto de divulgação.

“…eu costumo dizer que depois que me tornei empresária eu não trabalho, pois o amor é tão grande que eu não consigo cansar de trabalhar…” Mari Casagrande

Como funciona as festas nas viagens de Brighton?

Hoje temos um selo de festa criado por mim, a GRAND SUNSET, que vem do meu sobrenome CASAGRANDE, e está fazendo um mega sucesso. Sempre levamos para as viagens e a música fica por conta dos nossos residentes: Gabriel Pinheiro, Leandro Gerger e Mari Casagrande e, em breve, vamos anunciar um novo residente que vem fazendo toda diferença na cena, mas ainda é surpresa e, claro, sempre temos nossos convidados, que sempre escolhemos a dedo para seguir a proposta da festa. Aliás, agora dia 13 de Março de 2021, vamos ter a segunda edição da festa no Guarujá, que acontece em um barco exclusivo para 150 pessoas e conta com os convidados: MARA BORGES, ALLISON NUNES e, o recém formado da ATOMIC CURSO PARA DJS, o DJ MARCIO TESOURO, que vem fazer sua estreia com a gente.

A repórter aqui teve o prazer de participar da primeira edição da Grand Sunset em 2019 no Guarujá, e é realmente uma experiência que vale a pena conhecer!

Seguem as redes sociais:
@BRIGHTONEXPERIENCE
@GRANDSUNSETBRASIL

https://www.youtube.com/watch?v=kswKmwfE-DQ&t=16s

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