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ÍCONE | Em se tratando de eMusic…

Considerado um dos maiores DJs do país, o nosso ícone Mau Mau trilhou uma brilhante trajetória como DJ e produtor musical, servindo de exemplo e inspiração para muitas gerações de músicos que vieram posteriormente.

Foto de divulgação.

O paulistano viveu com seus pais até seus 18 anos na Freguesia do Ó. Caçula de 4 irmãos, Maurício Fernando Bischain, nasceu em 1968 e sempre teve uma ligação forte com a música, mas não eram as Pick ups que lhe atraiam. Aos oitos anos iniciou ginástica olímpica, onde não ficou muito tempo, logo migrou para a dança. Fez cursos em diversos estilos e chegou, inclusive, a participar de alguns concursos e montar grupos. Até bboy ele já foi. Esse período durou dos 10 aos 18 anos, quando seguiu para a vida de bancário.

Mau Mau acredita que este lance de DJ começou em paralelo a isso quando, ainda criança, gravava umas fitas cassete e levava nas festas dos amigos. Por ser o menor e uma diferença grande de idade, teve muita influência dos irmãos mais velhos.

Começou a frequentar o Madame Satã (ponto de encontro entre punks, góticos e pessoas do então movimento subversivo de sua época), em São Paulo, e fez amizade com os residentes, que ensinaram quase tudo para ele.

Em dezembro de 86, foi convidado para “quebrar o galho” e acabou recebendo mais convites em outras noites e, no final de 87, ficou mais sério. Durante uns 3 ou 4 anos, ainda encarava como hobby e complemento de renda, mas o tempo o levou a expandir seu som para festas como Club Malícia, US Beef Rock, Rouge Neon, Walkabout e Hell’s Club, na época, o primeiro afterhours do Brasil.

Ele se arriscou em estilos totalmente fora dos convencionais para a época e foi ganhando cada vez mais espaço e notoriedade nas festas e na cena com sua identidade musical única, que mesclam em seus sets house music, techno e elementos vanguardistas.

Foto de divulgação.

Trilhar um caminho, até então incerto, foi o fator elementar para o sucesso de Mau Mau, que conquistou um público extenso, justamente por trazer algo novo e fora dos andaimes da música eletrônica até então. E não deu outra, o som do DJ eclodiu os quatro cantos do Brasil. Ao longo dos anos, também gravou diversos remixes para artistas consagrados da música brasileira, como Rita Lee e Tim Maia. Seu pioneirismo e sua identidade os levaram ao patamar de figura única e referencial na emusic, sendo um dos grandes responsáveis por tornar a cena Techno mainstream no país, vertente musical até então consumida somente por nichos e tribos específicas.

Olhando para os mais de 30 anos de sua carreira, vemos todos os exemplos de profissionalismo, de um artista que se arriscou em não seguir uma tendência ou se limitar à cabine de DJ. Mauricio Bischain foi além e abriu portas para muitos DJs de sua geração e das futuras também. Seus sets, inclusive, acompanham a geração mais nova, que o tem como ícone da cena eMusic. Atualmente residente do Superafter no club D.EDGE, Houseira no Club Jerome, Ultralions no Lions Nightclub, também mantém vários projetos paralelos como a 2Attack com a DJ Paula Chalup e o aclamado B3B com os DJs Renato Cohen e Anderson Noise, aonde os 3 consagrados se revezam na cabine durante a noite toda.

Foto de divulgação.

Durante a pandemia, está se dedicando à produção musical, às lives – em destaque o projeto Residência na residência, em parceria com Pil Marques, e também aos coletivos “Gangue” e “Salva Rave“, este segundo que deu origem a um documentário com lançamento previsto em São Paulo em Dezembro deste ano.

Então é só aguardar que tem muita coisa vindo aí. Tem música nova, tem documentário saindo do forno, tem muito Mau Mau pra todo mundo.

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