ELLEROSSETTO

DESTAQUE | ELLE AMA HOUSE MUSIC

Esse mês conversamos com o DJ curitibano radicado em São Paulo, Elle Rossetto, um artista que vem fazendo um trabalho onde se nota toda uma paixão pela música que aborda e uma personalidade que além da música envolve causas sociais. 

Talento, engajamento e excelência são atributos que enxergamos nesse jovem DJ que é certamente um nome muito promissor da House Music.

Confira agora a entrevista especial que fizemos com Elle Rossetto:

Primeiramente, obrigado por aceitar o nosso convite. Vejo que você toca o que adora, como começou essa paixão pelo House Music?

Eu agradeço por me receberem na plataforma. Eu me apaixonei por House Music quando o Hermes Pons me mostrou suas referências musicais. Elas vinham do Jackin House, House Clássico, Deep e algumas coisas mais contemporâneas, como a Cinthie, por exemplo.

A carreira de DJ tem seus desafios como qualquer outra. Como vem sendo esse processo para você? Lidar com os obstáculos que aparecem, dificuldades e tal… Tem algum em especial que gostaria de contar?

Acho que o meu maior obstáculo neste momento é ficar longe das pistas e interagindo somente via live. É triste essa ausência de pista e fica quase que impossível não criar expectativas na cabeça para a retomada das atividades o mais breve possível, além da saudade de rever amigos e frequentar os clubes/bares que tanto gosto.

Techno Ladies - Cavan 77. Ponta Grossa/PR.

Fale um pouco sobre lugares que você já se apresentou e quais dessas apresentações mais te marcaram.

Em Curitiba, me apresentei em algumas edições da festa Stardust do extinto Soviet Club, em sequência vieram as edições da COVIL, Fleurs Fate no Club Inbox, Trash Collab na Danghai, Rádio Jovem Pan – Programa Bigodagem.FM dos queridos amigos Renan Mendes e Alexandre Bogus, Yellow DJ Academy, festa Morena dos amigos Kaká Franco e Paulo Pires, entre outras. Tive a oportunidade de me apresentar no Cavan 77 em Ponta Grossa, através do coletivo Techno Ladies, no qual fui residente. Um convite muito especial pra mim foi a edição online do projeto Tropical Punk do querido Dimitri Donaggio, a edição foi chamada de “Tropical Fever via Zoom”, em agosto do ano passado com artistas incríveis de São Paulo, Belo Horizonte e Nordeste. Em São Paulo, passei por algumas rádios, bares em vários pontos da cidade e no clube que tenho grande admiração e sonhava em tocar: D-EDGE. Tive a oportunidade de me apresentar duas vezes e a apresentação que mais me marcou com certeza foi o SuperAfter de 5 de janeiro de 2020, ao lado dos artistas GKD e Trommer.

Festa Morena - Raposa Clube Recreativo - foto: ZOOE.
Selo: "Vintage Dream" - Gravadora: Passport Records Austrália. Arte: Jeremy Dub.

Como foi o processo de você se encontrar como artista e criar sua identidade?

Acho que esse processo ainda não acabou, a todo momento venho me reinventando no quesito profissional e pessoal. Minha identidade é o meu anseio por mudanças.

No começo desse ano você lançou o single “Vintage Dream”, foi seu primeiro lançamento como produtor? Como foi o processo de criação da track?

Sim. “Vintage Dream” foi o meu primeiro single como produtor e a criação da mesma surgiu na minha transição de Curitiba para São Paulo, em setembro do ano passado. O processo criativo uniu alguns fatores decisivos nessa nova fase da minha vida: A autoconfiança, independência, questionamentos e reflexões sobre meus sentimentos naquele momento.

Você é super envolvido com o movimento LGBTQIA+. Fale um pouco sobre essa relação com a causa.

Eu acredito muito no movimento e que um dia haverá a igualdade de gênero a todes, não só no nicho musical, mas num todo. Eu me insiro no mesmo, pois faço parte da comunidade de pessoas transgêneras não-bináries.

Saindo um pouco da sua carreira na música e entrando um pouco na sua vida pessoal, recentemente você se descobriu como uma pessoa não binária. Como está sendo todo esse processo?

Eu descobri que me encaixava no não binarismo através de uma conversa sobre identidade de gênero com o meu parceiro de vida, um homem trans. Durante 9 anos da minha vida, me senti indefinido e avulso no meio LGBTQIA+ por não ter informação sobre este assunto e conhecer pessoas iguais a mim neste sentido. Tenho notado uma maior visibilidade a nós, pessoas transgêneras bináries e não-bináries dentro da música, isso me deixa muito feliz.

Foto: Divulgação. Fotógrafo: Hudson Vagner.

Hoje, quais são as metas de Elle Rossetto como artista?

Lançar alguns EP’s, singles e já estudo a possibilidade de um álbum para os próximos anos, trazendo à tona um pouco do meu side B (Nu Disco, Indie Dance, Chillout, Balearic), além da minha marca registrada: House Music.

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